Campinas, Domingo, 9 de agosto de 1998

Próximo Texto | Índice

MEMÓRIA 1
102 anos após a morte do maestro, campineiros desconhecem os caminhos do conterrâneo pela cidade
Cidade ignora marcas de Carlos Gomes

MARINA AVANCINI
da Reportagem Local

O maestro Carlos Gomes, considerado o "campineiro mais ilustre", marcou diversos pontos do atual centro de Campinas. No entanto, a maioria dos campineiros desconhece os caminhos que ele percorreu na cidade, às vésperas das celebrações dos 102 anos de sua morte, em setembro.
A história do compositor -que nasceu em Campinas em 11 de julho de 1836 e morreu em Belém (PA) no dia 16 de setembro de 1896- também é desconhecida por grande parte da população.
A área da casa onde ele nasceu e morou, na Regente Feijó, 1.251, é ocupada hoje por um prédio comercial e só uma pequena placa informa sobre o fato.
O auxiliar de departamento pessoal Marco Galvão, 22, que trabalha no prédio, disse que desconhece a história do maestro.
O espaço onde ele apresentou uma música própria pela primeira vez -do extinto teatro Carlos Gomes- hoje é uma área livre atrás da Catedral.
Os campineiros que passam pelo local diariamente não imaginam sequer que ali funcionava o teatro.
A dona-de-casa Sônia Aparecida Queiroz, 38, disse que não sabe do teatro nem da história do maestro.
Em 1870, 11 anos depois de ter deixado a cidade e já viver na Itália, ele se hospedou em uma casa na esquina da Moraes Salles com Luzitana. A secretária-executiva Nair Dunder, 67, moradora da rua, desconhecia o fato, embora conheça a história do maestro.
Carlos Gomes também já ficou na casa da família Campos, na Barão de Jaguara. Em 1880 voltou a Campinas e foi ao coreto do largo do Rosário, já demolido. Em 1889 esteve nas extintas "Gazeta de Campinas" (Luzitana com Conceição) e Casa Livro Azul (espaço cultural da família Ferraz de Castro Mendes), na Barão de Jaguara.



Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.