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MEMÓRIA 1
102 anos após a morte do maestro, campineiros desconhecem os caminhos do conterrâneo pela cidade
Cidade ignora marcas de Carlos Gomes
MARINA AVANCINI
da Reportagem Local
O maestro Carlos Gomes, considerado o "campineiro mais ilustre", marcou diversos pontos do
atual centro de Campinas. No entanto, a maioria dos campineiros
desconhece os caminhos que ele
percorreu na cidade, às vésperas
das celebrações dos 102 anos de
sua morte, em setembro.
A história do compositor -que
nasceu em Campinas em 11 de julho de 1836 e morreu em Belém
(PA) no dia 16 de setembro de
1896- também é desconhecida
por grande parte da população.
A área da casa onde ele nasceu e
morou, na Regente Feijó, 1.251, é
ocupada hoje por um prédio comercial e só uma pequena placa
informa sobre o fato.
O auxiliar de departamento pessoal Marco Galvão, 22, que trabalha no prédio, disse que desconhece a história do maestro.
O espaço onde ele apresentou
uma música própria pela primeira
vez -do extinto teatro Carlos Gomes- hoje é uma área livre atrás
da Catedral.
Os campineiros que passam pelo
local diariamente não imaginam
sequer que ali funcionava o teatro.
A dona-de-casa Sônia Aparecida
Queiroz, 38, disse que não sabe do
teatro nem da história do maestro.
Em 1870, 11 anos depois de ter
deixado a cidade e já viver na Itália, ele se hospedou em uma casa
na esquina da Moraes Salles com
Luzitana. A secretária-executiva
Nair Dunder, 67, moradora da
rua, desconhecia o fato, embora
conheça a história do maestro.
Carlos Gomes também já ficou
na casa da família Campos, na Barão de Jaguara. Em 1880 voltou a
Campinas e foi ao coreto do largo
do Rosário, já demolido. Em 1889
esteve nas extintas "Gazeta de
Campinas" (Luzitana com Conceição) e Casa Livro Azul (espaço
cultural da família Ferraz de Castro Mendes), na Barão de Jaguara.
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