Campinas, Sábado, 10 de Junho de 2000


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GREVES
Categoria volta ao trabalho se a prefeitura aceitar a redução da jornada semanal de trabalho de 40 para 33 horas
Servidores propõem redução de jornada

CRISTINA CAMARGO
DA FOLHA CAMPINAS

Os servidores públicos municipais decidiram ontem propor à Prefeitura de Campinas a assinatura de um acordo para acabar com a greve de duas semanas que paralisa 70% da categoria, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal.
De acordo com o proposta, a prefeitura se comprometeria a reduzir a jornada de trabalho de 40 para 33 horas semanais.
Em troca, os servidores voltariam ao trabalho e receberiam reajuste de 10,1%, além de outros benefícios propostos pela administração municipal.
A comissão de negociação da prefeitura vai responder na segunda-feira se aceita ou não a proposta dos servidores.
Anteontem, o prefeito Chico Amaral (PPB) propôs avaliar a redução da jornada de trabalho na segunda-feira, desde que os servidores voltassem imediatamente ao trabalho.
A alegação foi que a prefeitura não confiava na decisão dos servidores de acabar com a greve.
Por isso, os grevistas resolveram sugerir a assinatura de um protocolo mútuo.
A negociação é intermediada pelo presidente da Câmara, Tadeu Marcos (PMDB).
Caso o acordo seja feito, os servidores vão receber 10,1% de reajuste salarial, garantia de remuneração mínima de R$ 570, auxílio-refeição de R$ 150 (hoje é R$ 130) e formação de comissão de acompanhamento financeiro.
Os servidores reivindicam também um complemento salarial de R$ 68.

Unicamp
O Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) deve normalizar as atividades na próxima terça-feira.
Segundo a assessoria de imprensa da Unicamp, a maioria dos professores voltou ao trabalho nos institutos de economia, geociências, química, computação e educação física.
Segundo nota divulgada pela reitoria da universidade, 80% das atividades de graduação voltaram ao normal.
A Unicamp está convocando os alunos para retornarem às suas unidades, sob pena de perderem as aulas que estão em curso.
Segundo o STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), a volta da unidade de economia baixa a adesão de 90% para 85% dos 8.400 funcionários.
Para a Adunicamp (Associação de Docentes da Unicamp) a adesão é de 80% dos 1.900 professores.
Também estão em greve em Campinas os professores da rede estadual e os funcionários do INSS.


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