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Grupo teve origem em Taubaté
DA REPORTAGEM LOCAL
O PCC nasceu dentro do CRP
(Centro de Reabilitação Penitenciária) de Taubaté, no Vale do Paraíba, provavelmente nos anos 90,
para onde eram levados presos
indisciplinados -que matavam
nas prisões ou que lideravam rebeliões.
""Os presos se reúnem, no começo, contra essa unidade", diz o
promotor Márcio Sérgio Christino, autor do livro ""Por Dentro do
Crime", a ser publicado pela editora Fiuza, que descreve a ação de
quadrilhas, incluindo o PCC.
Os detentos punidos ficavam no
CRP no máximo dois anos e meio
e voltavam às unidades de origem. Segundo o promotor, isso
explica a expansão do PCC.
Relatório da Coespe (Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado) diz que o
uso da sigla no Carandiru surgiu
em 93, primeiro em boatos e, depois, em um incidente.
""(...)Em 23 de julho de 95, um
fato lamentável ocorreu na unidade: era domingo de visitas, 15 sentenciados intitulando-se membros de tal grupo (...) provocaram
um tumulto no pavilhão assassinando (...) Walter Pinto de Magalhães, Adélio Salício e Edivaldo
Rodrigues da Silva", consta no
documento obtido pela Folha.
Mais tarde se descobriu que Cesar Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e José Ivanilson Mello da Silva, o Trinta e Sete, ambos condenados, haviam liderado o motim.
Os dois são citados com os presos
Misael Aparecido da Silva, José
Eduardo Moura da Silva e José
Márcio Felício como os atuais líderes do PCC.
(AS)
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