Campinas, Domingo, 11 de Fevereiro de 2001

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Grupo teve origem em Taubaté

DA REPORTAGEM LOCAL

O PCC nasceu dentro do CRP (Centro de Reabilitação Penitenciária) de Taubaté, no Vale do Paraíba, provavelmente nos anos 90, para onde eram levados presos indisciplinados -que matavam nas prisões ou que lideravam rebeliões.
""Os presos se reúnem, no começo, contra essa unidade", diz o promotor Márcio Sérgio Christino, autor do livro ""Por Dentro do Crime", a ser publicado pela editora Fiuza, que descreve a ação de quadrilhas, incluindo o PCC.
Os detentos punidos ficavam no CRP no máximo dois anos e meio e voltavam às unidades de origem. Segundo o promotor, isso explica a expansão do PCC.
Relatório da Coespe (Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado) diz que o uso da sigla no Carandiru surgiu em 93, primeiro em boatos e, depois, em um incidente.
""(...)Em 23 de julho de 95, um fato lamentável ocorreu na unidade: era domingo de visitas, 15 sentenciados intitulando-se membros de tal grupo (...) provocaram um tumulto no pavilhão assassinando (...) Walter Pinto de Magalhães, Adélio Salício e Edivaldo Rodrigues da Silva", consta no documento obtido pela Folha.
Mais tarde se descobriu que Cesar Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e José Ivanilson Mello da Silva, o Trinta e Sete, ambos condenados, haviam liderado o motim. Os dois são citados com os presos Misael Aparecido da Silva, José Eduardo Moura da Silva e José Márcio Felício como os atuais líderes do PCC. (AS)


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