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Pesquisa e serviços "somam" R$ 160 mi
free-lance para a Folha Campinas
A arrecadação extra do orçamento da Unicamp é de R$ 160 milhões, atualmente, destinados por
agências estatais de pesquisas e
por investimentos da iniciativa
privada à pesquisas, extensão e
prestação de serviços.
Segundo o economista e assessor
para assuntos orçamentários da
reitoria da Unicamp, Mário Presser, os recursos, somados aos 5%
do orçamento restantes, estão
bancando o funcionamento de setores como a graduação, o pagamento de contas de água e esgoto,
luz e telefone, por exemplo.
Segundo ele, a captação de dinheiro da iniciativa privada em financiamento de pesquisas e serviços é de aproximadamente R$ 5
milhões. Ele considera a quantia
abaixo do necessário.
"Quem recomenda superar os
problemas financeiros da universidade somente com as parcerias
com a iniciativa privada, na verdade, deve estar querendo fechar a
Unicamp", disse o economista.
Ele disse que o fato de a universidade ser de "excelência tecnológica" e, mesmo assim, não ter atraído mais recursos externos da iniciativa privada demonstra que as
verbas não sustentariam a universidade.
Um indicador dos problemas financeiros da universidade, segundo Presser, é o ritmo baixo das
obras internas na Unicamp, que
devem consumir R$ 1,25 milhão.
"É uma quantia bem pequena",
disse o economista.
De acordo com a reitoria, a Unicamp expandiu sua planta física
em 20% nos últimos 10 anos. "É até
uma boa marca, visto que a Unicamp é ainda uma universidade
bem jovem", afirmou.
Os R$ 160 milhões de recursos
externos incluem R$ 65 milhões
recebidos do SUS (Sistema Único
de Saúde), consumidos no hospital
universitário. "Essas verbas são
instáveis. Desse total, para se ter
idéia, R$ 90 milhões são carimbados, ou seja, ninguém pode tirar do
destino delas, que é basicamente
em pesquisas e bolsas. E não podemos contar com o restante delas
porque não são quantias fixas."
Na análise do economista, a universidade vive a incerteza da arrecadação de ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) com a queda da atividade econômica no Estado.
Segundo ele, a queda de ICMS
soma 4,15% em 99, se comparado
ao ano passado.
Em 98, o governo estadual recolheu R$ 1.498.035 em janeiro, R$
1.351.741 em fevereiro, R$ 1.410.114
em março, e, em abril, fechou em
R$ 1.479.782. Este ano, a arrecadação foi R$ 1.490.982 em janeiro, R$
1.340.302 em fevereiro, R$
1.334.079 em março, e R$ 1.336.394
previsto para abril.
Segundo ele, são gastos mensalmente R$ 600 mil com água e esgoto, R$ 465 mil com energia elétrica
e R$ 300 mil com telefone.
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