Campinas, Domingo, 11 de abril de 1999

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Crise atinge outras universidades

free-lance para a Folha Campinas

As três universidades estaduais paulistas beiram um colapso financeiro devido ao mau gerenciamento das suas folhas de pagamento.
A análise é do economista da Unicamp especializado em gestão de universidades públicas Ricardo Carneiro, que considera determinante do agravamento da crise a queda de arrecadação do ICMS e a desvalorização do real, que interferiram na manutenção da estrutura mantida com equipamentos e produtos importados.
Carneiro afirmou que a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a USP (Universidade de São Paulo) são a "Unicamp amanhã".
"Se quebrarem, elas vão quebrar primeiro, pois as folhas de inativos delas são maiores, já que são mais antigas que a Unicamp".
No entanto, ele descarta a "quebra" da Unicamp nos próximos meses. "O que estão dizendo por aí é que a universidade não vai pagar os salários de maio. Acho que isso vai demorar mais para acontecer, mas, se ninguém tomar providências, vai acabar acontecendo", afirmou o economista.
A reitoria da Unicamp, segundo seu assessor para assuntos orçamentários, Mário Presser, desconsidera a possibilidade de quebra financeira da universidade nos próximos meses.
"As expectativas de todo mundo são que a movimentação financeira volte a crescer nos próximos meses, o que aumentaria a arrecadação do ICMS e amenizaria a situação de risco", disse.



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