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FUTEBOL
Clube de Campinas comemora cem anos hoje e, com R$ 12 milhões em caixa, esnoba pequenos patrocinadores
Centenária, Ponte busca nova imagem
LUCIANO CALAFIORI
DA FOLHA CAMPINAS
DIOGO PINHEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Com pelo menos R$ 12 milhões
em caixa levantados com a venda
de jogadores, livre das dívidas trabalhistas de R$ 7 milhões e de volta à elite do futebol nacional, a
centenária Ponte Preta busca nova imagem dentro e fora de campo.
O clube completa cem anos hoje
e também quer acabar com a imagem de vice-campeão, deixada
principalmente após a derrota para o Corinthians no Campeonato
Paulista de 77.
O time também ficou com a segunda colocação no Paulista em
79 e 81. Em 97, a Ponte foi vice no
Campeonato Brasileiro da segunda divisão. Em 89 e 99, o vice-campeonato foi no Paulista da segunda divisão.
Para buscar um título importante a médio prazo, a diretoria
dispensou o técnico Estevam Soares. Para o cargo dele, foi contratado Nelsinho Baptista, ex-Corinthians, São Paulo e Palmeiras.
A explicação para a troca de
treinadores foi a falta de "experiência" de Estevam.
Segundo o vice-presidente da
Ponte, Marco Eberlin, um título
faz parte dos planos da equipe.
"Isso não quer dizer que o Nelsinho está com a corda no pescoço", disse o dirigente sobre o objetivo de levantar uma taça.
Romantismo
O projeto da nova Ponte Preta
passa por uma volta ao passado.
Ao contrário dos grandes clubes,
o time investe pesado nas categorias de base. A intenção é revelar
jogadores e vendê-los, como o
clube fazia nos anos 60 e 70.
Dos 36 jogadores do atual elenco, 27 pertencem ao clube. A fórmula deu certo e o time agora "esnoba" patrocinadores.
Reforma
Se, no campo, a Ponte volta aos
tempos do futebol romântico, fora dele o clube investe em modernização. A proposta é remodelar
o estádio Moisés Lucarelli no estilo dos campos de Curitiba-PR.
O estádio Couto Pereira está
sendo visitado para inspirar as reformas no Moisés Lucarelli.
O "Majestoso" tem capacidade
para 28 mil torcedores, mas, nos
jogos, só 23 mil lugares são liberados por medida de segurança a
pedido da Polícia Militar.
As reformas no estádio podem
até aumentar a capacidade, mas o
projeto não foi concluído. Um novo anel pode ser construído, segundo a diretoria da Ponte.
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