Campinas, Sexta-feira, 11 de Agosto de 2000


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Time de 77 se escondeu para fugir da pressão da torcida corintiana

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A decisão do campeonato paulista de 1977, entre Corinthians e Ponte Preta, ficou marcada pelo final do jejum de títulos de 23 anos do time de São Paulo.
Além dos três jogos, que decidiram o campeonato, alguns fatos marcaram os bastidores da decisão e também entraram para a história da Ponte Preta.
Na primeira partida, um gol atípico no Morumbi. O meia Palhinha chutou da entrada da área, o goleiro Carlos defendeu e a bola voltou, bateu no nariz de Palhinha e entrou no gol.
No segundo jogo, quando todos esperavam a consolidação do título para o Corinthians, a Ponte surpreendeu com Dicá e Rui Rei, 2 a 1 para o time de Campinas.
Com um time bem superior ao Corinthians e com a chance de conquistar seu primeiro título, a Ponte Preta decidiu se esconder para fugir da pressão da imprensa e da torcida adversária.
Do domingo após a segunda partida até o terceiro jogo, na quarta-feira, ninguém sabia onde estava a equipe de Campinas.
A equipe ficou em uma colônia de férias em Itatiba (28 km de Campinas) e, na quarta pela manhã, chegou ao Morumbi, onde permaneceu por dez horas até o início do jogo.
O trabalho de bastidores foi intenso. A água servida aos jogadores foi comprada em uma fonte em Valinhos, por medo de encontrar relaxante ou alguma substância que prejudicasse o desempenho dos ponte-pretanos.
Alguns integrantes da delegação ponte-pretana foram até Valinhos sem saber que, minutos depois, dirigentes do Corinthians comprariam a mesma água.
Segundo um dirigente, a decisão de um campeonato não se restringe, apenas, às quatro linhas. Às vezes uma água, um cafezinho ou um árbitro fazem a diferença. (DIOGO PINHEIRO)

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