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Time de 77 se escondeu para fugir da pressão da torcida corintiana
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A decisão do campeonato paulista de 1977, entre Corinthians e
Ponte Preta, ficou marcada pelo
final do jejum de títulos de 23
anos do time de São Paulo.
Além dos três jogos, que decidiram o campeonato, alguns fatos
marcaram os bastidores da decisão e também entraram para a
história da Ponte Preta.
Na primeira partida, um gol atípico no Morumbi. O meia Palhinha chutou da entrada da área, o
goleiro Carlos defendeu e a bola
voltou, bateu no nariz de Palhinha e entrou no gol.
No segundo jogo, quando todos
esperavam a consolidação do título para o Corinthians, a Ponte
surpreendeu com Dicá e Rui Rei,
2 a 1 para o time de Campinas.
Com um time bem superior ao
Corinthians e com a chance de
conquistar seu primeiro título, a
Ponte Preta decidiu se esconder
para fugir da pressão da imprensa
e da torcida adversária.
Do domingo após a segunda
partida até o terceiro jogo, na
quarta-feira, ninguém sabia onde
estava a equipe de Campinas.
A equipe ficou em uma colônia
de férias em Itatiba (28 km de
Campinas) e, na quarta pela manhã, chegou ao Morumbi, onde
permaneceu por dez horas até o
início do jogo.
O trabalho de bastidores foi intenso. A água servida aos jogadores foi comprada em uma fonte
em Valinhos, por medo de encontrar relaxante ou alguma substância que prejudicasse o desempenho dos ponte-pretanos.
Alguns integrantes da delegação
ponte-pretana foram até Valinhos sem saber que, minutos depois, dirigentes do Corinthians
comprariam a mesma água.
Segundo um dirigente, a decisão de um campeonato não se restringe, apenas, às quatro linhas.
Às vezes uma água, um cafezinho
ou um árbitro fazem a diferença.
(DIOGO PINHEIRO)
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