da Folha Campinas

Campinas tem hoje um déficit de 500 policiais militares, segundo o Comando da Polícia Militar dos Estado de São Paulo, e cumpre só 25% da meta determinada pela ONU (Organização das Nações Unidas) para um policiamento ideal nas ruas.
A cidade possui cem policiais nas ruas por grupo de mil habitantes. A organização sugere 250 por mil habitantes. Dos cerca de 2.860 policiais militares da cidade, apenas mil trabalham no policiamento ostensivo.
Dos 500 policiais militares que precisariam ser contratados para completar o efetivo ideal da polícia, cerca de 180 devem ser incorporados até o final deste mês, segundo o comandante-geral da PM, Rui César Mello.
"Para cobrir o déficit, a polícia deve abrir um novo edital para a contratação de novos funcionários e a incorporação dos já contratados", afirmou Mello.
Segundo o comandante-geral da PM, um projeto do governo federal que autoriza a contratação de civis para trabalhos administrativos na corporação poderia aliviar a situação.
O projeto está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Mello visitou ontem Campinas e recebeu cobranças sobre a segurança na cidade do vice-prefeito, Carlos Cruz (PMDB), do presidente da Câmara, vereador Tadeu Marcos Ferreira (PMDB), e do vice-presidente da Casa, vereador Francisco Sellin (PFL).
"A coisa não está fácil. É preciso reforçar o policiamento e diminuir a violência, que vem batendo recordes na cidade", disse Ferreira.
Segundo Mello, a crise do poder público, que transfere para a polícia ocorrências sociais como atendimento médico, e as fugas constantes são as causas da violência.
"Em uma organização caótica. Fica mais fácil a ação dos bandidos e normalmente ele escolhe o lugar para isso", afirmou Melo.
Dados do CPAI-2 (Comando de Policiamento de Área do Interior) da PM apontam que a região de Campinas, com 22 cidades, tem o maior índice de roubos do interior paulista, com 20% do total.
A região alcança também o maior índice de roubos e furtos de veículos, com 18% do total.
A região apresenta ainda 20% dos homicídios do interior, atrás apenas das regiões de Santos e e São José dos Campos, com 22% do total.



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