Campinas, Sexta-feira, 14 de Julho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Guarani e Ponte Preta sustentam rivalidade eterna enquanto as equipes de outros esportes desaparecem facilmente
Esporte divide fanatismo e admiração passageira

Frâncio de Hollanda - 16.out.99/Folha Imagem
Torcida do Guarani lota o Brinco de Ouro da Princesa


DA FOLHA CAMPINAS

O esporte de ponta de Campinas pode ser dividido hoje em duas frentes bem distintas.
De um lado estão Ponte Preta e Guarani, times de futebol que despertam por meio de uma rivalidade eterna o fanatismo dos campineiros. Em outro grupo estão os admiradores passageiros das demais equipes que surgem nos outros esportes.
Entre os eternos amantes está o grupo de adolescentes que improvisou um campo de futebol próximo a uma ponte pintada de preta, há cem anos. Também se encaixam os que participaram da primeira reunião na praça Carlos Gomes, no centro da cidade, e que homenagearam a obra do artista, dez anos mais tarde.
Estava criada a rixa entre Ponte Preta e Guarani. O pontapé inicial de inesquecíveis momentos de glórias e dos imperdíveis confrontos. "Não foi à toa que Campinas já foi considerada a capital do futebol brasileiro", disse o ex-zagueiro do Guarani Gomes, um dos integrantes da equipe campeã brasileira de 1978.
"A história da sociedade campineira está fundamentalmente ligada à história do futebol da cidade", afirmou o ex-meia ponte-pretano Dicá.
Mas se o amor das torcidas é eterno aos dois principais clubes de futebol da cidade, a admiração dos campineiros pelos demais esportes não vai além de paixão passageira. Nem mesmo a presença das estrelas Paula e Hortência devolveu à cidade a tradição que tinha no basquete nos anos 60 e 70, quando Tênis Clube e Regatas figuravam entre os principais times do Estado. O amor pelo vôlei também foi passageiro. Os campeões olímpicos Maurício, da Fonte São Paulo, e Tande, do Olympikus, não foram suficientes para garantir uma união estável.
Os talentos individuais também se foram por falta de apoio. O campeão da maratona dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, Vanderlei Cordeiro de Lima, mora em Campinas, mas disputa as competições por São Caetano. E deve ser Jundiaí que irá receber em breve as cestas da pivô Karina. O time de basquete feminino Quaker logo deixará Campinas.


Texto Anterior: Polícia quer recuperar imagem
Próximo Texto: Ponte Preta completa cem anos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.