Campinas, Sábado, 14 de Julho de 2001

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Para Acic, mercado informal tem "peso negativo" para a economia

DA FOLHA CAMPINAS

Para o economista da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), Laerte Martins, o comércio de ambulantes de Campinas retira recursos do mercado formal.
"A informalidade tem um peso negativo para a economia campineira porque tira dinheiro do mercado", disse Martins.
O consumidor que poderia estar gastando nas lojas da cidade, acaba fazendo parte das compras no mercado informal, segundo o economista.
Na visão de Martins, além de diminuir a circulação da moeda no mercado formal, o volume movimentado na informalidade não sofre tributação.
De acordo com estimativas da Acic, o mercado informal -dos camelôs aos bazares- movimenta R$ 8 milhões por mês em Campinas.
"É um dinheiro que poderia estar gerando receita para o município, e não está", afirmou.
Para ele, quem perde com a falta de tributação é a própria sociedade, que não pode ver seu dinheiro revertendo em melhorias para a cidade.
Martins disse ainda que o comércio informal em Campinas precisa ser melhor definido. Uma das saídas seria a criação de áreas específicas para que os camelôs pudessem atuar.
A proposta de descentralização dos ambulantes deve compor a pauta de elaboração das políticas públicas no setor. "O centro não suporta mais camelôs. As ruas já estão cheias de ambulantes", disse o diretor da Setec, Paulo Daniel Silva.
Segundo Silva, o número só não é maior porque existe uma fiscalização rigorosa.
Além dos informais fixos, a Setec também enfrenta o problema dos carrioleiros, que devem receber o mesmo tratamento dos ambulantes.


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