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Sem-teto inicia ações no final dos anos 70
FREE-LANCE PARA FOLHA CAMPINAS
A formação do MTST em Campinas remonta do final da década
de 70, como o surgimento da Assembléia do Povo e a organização
política de ocupações e invasões
em lugares que hoje foram transformados em bairros.
O MTST foi criado em 1996, sob
comando do MST e com apoio de
setores da Igreja Católica e do PT,
que hoje administra a cidade.
A entidade organizou e participou de várias ocupações. Além do
Oziel e Monte Cristo, o MTST
atua principalmente na região
oeste de Campinas, como Vila Vitória e Eldorado do Carajás.
Outra área, denominada Campituba, por ficar no limite dos
municípios de Campinas e Indaiatuba, concentra a demanda
de outro fluxo migratório e de
moradores sem-teto no Jardim
Campo Belo.
Próxima à área da Infraero
(Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e do aeroporto internacional de Viracopos,
os sem-teto invadiram terras como as que pertencem à PUC-Campinas.
As grandes ocupações de Campinas -Oziel, Monte Cristo e
Campituba- "exportaram" pessoas que aderiram, em 1999, à invasão de uma fazenda de cana-de-açúcar, em Porto Feliz, comandada pelo MST.
O MST cadastra famílias na cidade desde 1996, quando manteve vários de seus coordenadores
atuando em Campinas. O movimento organizou assembléias em
favelas e sedes de associações de
moradores.
O líder Wendel Alves disse, na
época da formação do MTST, que
o objetivo da entidade era promover a "reforma urbana" em centros urbanos como a Grande São
Paulo e a região de Campinas.
Ele ganhou notoriedade a partir
da entrada do MST na ocupação
da Vila San Martin, na região norte da cidade, em uma área da
CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano),
uma empresa do Estado.
Cerca de 1.500 famílias estão no
local e dizem que só deixam a área
depois de as lideranças concordarem em "pulverizar" os sem-teto
já orientados em outros focos de
ocupação pela cidade.
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