Campinas, Sábado, 14 de Julho de 2001

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Sem-teto inicia ações no final dos anos 70

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A formação do MTST em Campinas remonta do final da década de 70, como o surgimento da Assembléia do Povo e a organização política de ocupações e invasões em lugares que hoje foram transformados em bairros.
O MTST foi criado em 1996, sob comando do MST e com apoio de setores da Igreja Católica e do PT, que hoje administra a cidade.
A entidade organizou e participou de várias ocupações. Além do Oziel e Monte Cristo, o MTST atua principalmente na região oeste de Campinas, como Vila Vitória e Eldorado do Carajás.
Outra área, denominada Campituba, por ficar no limite dos municípios de Campinas e Indaiatuba, concentra a demanda de outro fluxo migratório e de moradores sem-teto no Jardim Campo Belo.
Próxima à área da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e do aeroporto internacional de Viracopos, os sem-teto invadiram terras como as que pertencem à PUC-Campinas.
As grandes ocupações de Campinas -Oziel, Monte Cristo e Campituba- "exportaram" pessoas que aderiram, em 1999, à invasão de uma fazenda de cana-de-açúcar, em Porto Feliz, comandada pelo MST.
O MST cadastra famílias na cidade desde 1996, quando manteve vários de seus coordenadores atuando em Campinas. O movimento organizou assembléias em favelas e sedes de associações de moradores.
O líder Wendel Alves disse, na época da formação do MTST, que o objetivo da entidade era promover a "reforma urbana" em centros urbanos como a Grande São Paulo e a região de Campinas.
Ele ganhou notoriedade a partir da entrada do MST na ocupação da Vila San Martin, na região norte da cidade, em uma área da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), uma empresa do Estado.
Cerca de 1.500 famílias estão no local e dizem que só deixam a área depois de as lideranças concordarem em "pulverizar" os sem-teto já orientados em outros focos de ocupação pela cidade.


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