Campinas, Domingo, 15 de agosto de 1999

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Preso prefere trabalhar

free-lance para a Folha Campinas

Para o detento Francisco de Oliveira, 50, empregado da Sanito Indústria e Comércio Ltda., o trabalho durante o cumprimento da pena leva o presidiário consciente de volta ao convívio com a sociedade.
"Cheguei a ficar dois anos e sete meses foragido. Não valeu a pena. Este tipo de trabalho é o caminho para a liberdade", afirmou o presidiário.
Oliveira está preso foi condenado a 17 anos e nove meses por estelionato.
O também presidiário do Ataliba Nogueira Osório Lopes, 30, afirmou já ter um objetivo quando deixar o regime semi-aberto e ganhar o direito de não retornar mais ao presídio.
"Nós aqui nesse trabalho temos que ter um objetivo. O meu é sair e conseguir um emprego e não voltar mais para nenhuma penitenciária", disse.
Condenado a seis anos e dois meses por roubo, Lopes disse que está perto de cumprir a sentença e realizar o seu sonho.
Tempo ocioso
Os presos também disseram à Folha que o trabalho ajuda a acabar com o tempo ocioso, muito comum no regime fechado, como nas penitenciárias 1, 2 e 3 de Hortolândia (20 km de Campinas), localizadas ao lado do Ataliba Nogueira.
No regime fechado, os presos ficam nas celas e só têm permissão para sair nos horários destinados aos chamados banhos de sol.



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