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Preso prefere trabalhar
free-lance para a Folha Campinas
Para o detento Francisco de Oliveira, 50, empregado da Sanito
Indústria e Comércio Ltda., o trabalho durante o cumprimento da
pena leva o presidiário consciente
de volta ao convívio com a sociedade.
"Cheguei a ficar dois anos e sete
meses foragido. Não valeu a pena.
Este tipo de trabalho é o caminho
para a liberdade", afirmou o presidiário.
Oliveira está preso foi condenado a 17 anos e nove meses por estelionato.
O também presidiário do Ataliba Nogueira Osório Lopes, 30,
afirmou já ter um objetivo quando deixar o regime semi-aberto e
ganhar o direito de não retornar
mais ao presídio.
"Nós aqui nesse trabalho temos
que ter um objetivo. O meu é sair
e conseguir um emprego e não
voltar mais para nenhuma penitenciária", disse.
Condenado a seis anos e dois
meses por roubo, Lopes disse que
está perto de cumprir a sentença e
realizar o seu sonho.
Tempo ocioso
Os presos também disseram à
Folha que o trabalho ajuda a acabar com o tempo ocioso, muito
comum no regime fechado, como
nas penitenciárias 1, 2 e 3 de Hortolândia (20 km de Campinas),
localizadas ao lado do Ataliba Nogueira.
No regime fechado, os presos ficam nas celas e só têm permissão
para sair nos horários destinados
aos chamados banhos de sol.
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