Campinas, Sábado, 16 de Dezembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CPI da CBF/Nike vai continuar os trabalhos durante recesso

DA FOLHA CAMPINAS

A CPI da CBF/Nike, que investiga, entre outras coisas, a aquisição de passaportes falsos na venda de jogadores brasileiros para a Europa, vai continuar os trabalhos de apuração mesmo durante o recesso parlamentar da Câmara.
Os deputados só retomariam os trabalhos na CPI em fevereiro.
Segundo a secretaria da CPI, os deputados vão continuar as atividades para não atrapalhar as investigações e os depoimentos.
Para a próxima semana é esperado o depoimento do agente Jimmy Martins, que está sendo procurado pela Polícia Federal e pela Interpol. O agente possui um escritório no bairro de Moema, em São Paulo.
Um advogado do agente teria ligado para o presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), para informar que Martins se apresentaria. A assessoria do deputado não confirmou a informação.
Martins não compareceu para depor na CPI no último dia 7, em Brasília. Ele é acusado pelos dirigentes do Campinas, Careca e Edmar, e pelo presidente do União São João de Araras, José Mário Pavan, como responsável pela aquisição de passaportes falsos na negociação dos jogadores Jeda e Dedé para o Vicenza, da Itália, em maio deste ano.
Martins teve a quebra de seus sigilos fiscal e bancário aprovada, anteontem, pelos deputados que integram a comissão.
Em seu depoimento à CPI, o ex-jogador Careca disse que pagou R$ 40 mil para Martins pelos passaportes falsos. Careca disse que não sabia que os documentos eram falsificados.
Careca, Edmar e Pavan podem ser reconvocados após o depoimento de Martins. "O depoimento do agente pode revelar os culpados pela aquisição dos passaportes", disse o deputado Pedro Celso (PT-DF).


Texto Anterior: Time já revelou três jogadores de seleção
Próximo Texto: Dirigentes paulistas se reúnem em encontro em Águas de Lindóia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.