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MERENDA ESCOLAR
Estudo aponta 113% de superfaturamento
da Folha Campinas
A CEI (Comissão Especial de
Inquérito) que apura suspeitas
das irregularidades nas finanças
de Campinas recebeu ontem um
estudo feito pela própria prefeitura, que comprovaria o superfaturamento de 113,2% na terceirização da merenda escolar.
Segundo o presidente da CEI,
vereador Carlos Signorelli (PT), o
estudo, encaminhado à comissão
pela Secretaria da Administração,
comprova que a merenda terceirizada custaria R$ 9,8 milhões por
ano aos cofres públicos contra os
R$ 20,9 milhões pagos atualmente.
De acordo com os estudos, feitos em julho de 98, o valor da merenda por mês chegaria a R$ 934
mil.
"Como os alunos consomem
merenda por cerca de dez meses e
meio, por causa das férias, o valor
gasto chegaria a R$ 9,8 milhões",
disse Signorelli.
O vereador afirmou que os estudos feitos pela própria prefeitura
são suficientes para comprovar as
irregularidades cometidas no
processo de terceirização da merenda.
"Isso ainda contrapõe tudo o
que foi informado pela Secretaria
da Educação, que tentou explicar,
sem sucesso, que os valores estavam corretos", afirmou o vereador.
Empenho
Estudo feito pela CEI nas finanças da Secretaria da Educação
apontaram que a Pasta já empenhou em torno de R$ 19 milhões
até o mês de junho com a merenda escolar.
"Em menos de seis meses a prefeitura já garantiu o pagamento
de quase todo o dinheiro para as
empresas que terceirizaram a merenda, enquanto isso, os servidores continuam recebendo os salários parceladamente", afirmou o
vereador.
Além da CEI, uma auditoria interna está investigando os valores
gastos pela secretaria após a terceirização da merenda. Outra auditoria, agora externa, será contratada pela prefeitura para apurar se os valores estão realmente
corretos.
Outro lado
O secretário da Educação, Alcides Mamizuka, informou que só
vai se pronunciar sobre o estudo
encaminhado para a CEI quando
recebê-lo oficialmente.
Mamizuka sempre negou que
houvesse superfaturamento na
merenda escolar após a terceirização.
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