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CEI DA EMDEC
Apuração incrimina secretário de Chico
GUSTAVO PORTO
da Folha Campinas
O vereador Sebastião Arcanjo, o
Tiãozinho, (PT) presidente da
CEI (Comissão Especial de Inquérito) que apura suspeitas de irregularidades na Emdec (Empresa
Municipal de Desenvolvimento
de Campinas), afirmou ontem
que já tem material suficiente para incriminar o presidente da empresa, Amando de Queiroz Telles
Coelho, e, se possível, "colocá-lo
na cadeia".
Segundo o vereador, os depoimentos prestados à CEI e os documentos recebidos pela comissão já são suficientes para comprovar as irregularidades, entre
elas o desvio do dinheiro descontado de servidores para o pagamento de impostos e o não recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O presidente da CEI disse ainda
que pode solicitar a abertura de
uma CP (Comissão Processante)
contra o prefeito Francisco Amaral (PPB).
A prefeitura é a principal acionista da empresa, dirigida pelo secretário dos Transportes de Campinas.
O vereador Dário Saadi (PSDB),
também integrante da CEI da
Emdec, afirmou que o presidente
da empresa pode ser acusado de
apropriação indébita das contribuições trabalhistas dos funcionários.
Tiãozinho já prevê que terá dificuldades com a realização do relatório final da CEI, que deve ser entregue até setembro. "Devemos
ter dois relatórios finais porque,
ao que parece, o relator não está
muito interessado em apontar as
irregularidades", afirmou o presidente da comissão.
O relator da CEI, vereador Sebastião dos Santos (PSL), que é ligado ao prefeito Francisco Amaral, não foi localizado ontem pela
Folha.
"Vamos disputar o relatório em
plenário se for necessário. Acho
que vamos ter de evitar que a CEI
da Emdec não termine em uma
grande pizza", afirmou o presidente da CEI.
Outro lado
O presidente da Emdec e secretário dos Transportes, que está
em férias em Miami (EUA), informou ontem, por meio de sua assessoria, que não comentará as
declarações dos vereadores porque a CEI não tem poder para colocar ninguém na cadeia.
Coelho disse que todas as explicações sobre a falta de repasse do
dinheiro dos funcionários foi dada em seu depoimento à CEI.
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