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Campanha adia alta de tarifa no Vale
DA FOLHA VALE
Em ano eleitoral, os prefeitos
das maiores cidades do Vale do
Paraíba que são candidatos à reeleição decidiram não conceder
reajuste nas tarifas de ônibus, que
geralmente acontece nos meses
de agosto e setembro de cada ano.
Em 99, entre o final de agosto e o
início de setembro, reajustaram
as tarifas do transporte coletivo as
prefeituras de São José dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba,
Caçapava e Ubatuba.
Neste ano, nenhuma dessas prefeituras estuda o reajuste da tarifa,
apesar de o aumento do óleo diesel acumulado nos últimos 12 meses chegar a 29,18%, segundo a
FGV (Fundação Getúlio Vargas),
e de os salários dos motoristas e
cobradores ter crescido 5,44% no
período.
O argumento do reajuste do
combustível, por exemplo, foi
usado pelo prefeito de São José,
Emanuel Fernandes (PSDB), há
duas semanas, para autorizar aumento de 33,33% na tarifa de táxi.
Anteontem, durante o anúncio do
passe-integração, o secretário dos
Transportes de São José, Eduardo
Cury, disse que "não há possibilidade nem remota de haver reajuste na tarifa neste ano".
O prefeito Emanuel Fernandes
(PSDB), candidato à reeleição,
disse que só mexeu na tarifa até
hoje quando houve pressão de
custos. "A tarifa de São José já é
cara e é um fator decisivo no orçamento familiar", disse. Segundo
ele, não existe pressão de custos
suficiente no momento que justifique um aumento de preços da
passagem de ônibus.
Se não houver reajuste, será a
primeira vez que isso ocorre em
um ano desde 95.
No ano passado, São José, Taubaté e Pinda, três das quatro
maiores cidades do Vale, concederam reajuste médio de 20% nas
tarifas, quase o dobro do IGP-M
(Índice Geral de Preços do Mercado) acumulado em 12 meses, que
foi de 10,83%.
O argumento principal foi a
pressão dos preços de combustíveis e de insumos.
Além de não conceder reajuste
nas tarifas, os prefeitos das duas
maiores cidades -São José e
Taubaté- anunciaram melhorias no transporte coletivo, como
o metrô de superfície, em Taubaté, e o passe-integração, em São
José dos Campos.
As prefeituras alegam que não
concederão reajuste também por
que isso não foi solicitado pelas
empresas de transporte coletivo.
"Os reajustes são provocados
quando as empresas solicitam",
disse o diretor do Departamento
de Planejamento da Prefeitura de
Taubaté, Luiz Carlos Pompeu.
O diretor da Costamar Transportes, que faz o transporte coletivo de Ubatuba, José Lúcio Amaral
Galvão Nunes, disse que a empresa está tentando conter despesas
para evitar mexer nas tarifas.
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