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POLÍCIA
Peças encontradas na casa da avó do acusado de estupros em Barão Geraldo será usada em reconhecimento
DIG investiga roupa usada por 'maníaco'
ANA GABRIELA SABOYA
free-lance para a Folha
Uma equipe da DIG (Delegacia
de Investigações Gerais) de Campinas apreendeu anteontem à noite várias roupas do acusado de ser
o "maníaco de Barão Geraldo",
Lúcio Rogério Sedano, 20, que podem ter sido usadas nos estupros
que ele teria cometido.
As peças foram encontradas na
casa da avó do acusado, localizada
em um sítio no bairro dos Amarais.
A casa da mãe do suspeito, no
Jardim São Marcos (região norte),
também foi revistada.
As roupas podem ser as mesmas
utilizadas em pelo menos nove estupros ocorridos na cidade e podem ajudar na identificação do
"maníaco".
Sedano negou a autoria dos estupros e disse a um dos investigadores da DIG que concorda em ceder
seu sêmen para um exame de comparação com o esperma encontrado em roupas de supostas vítimas.
De acordo com o delegado encarregado das investigações, Marcelo dos Santos Fávero, há a possibilidade de o sêmen ser colhido
ainda hoje.
"O local onde o esperma de Sedano deverá ser analisado por enquanto é mantido sob sigilo a pedido da médica responsável", disse o
delegado.
Fávero aguardava para ontem
uma autorização para que Sedano
fosse levado da Cadeia do São Bernardo para a DIG. "Um pedido de
custódia preventiva foi protocolado no Fórum de Campinas", disse.
As supostas vítimas do "maníaco" só poderão reconhecer o acusado quando ele for até a DIG.
O delegado titular da DIG, Josué
Ferreira Ribeiro, disse ontem que
estava redigindo um ofício aos policiais envolvidos nas investigações para que a divulgação das informações sobre o caso sejam feitas com cautela. "Devemos tomar
cuidado para que um suspeito não
se torne culpado sem provas suficientes. A função da polícia é investigar e preservar a integridade
moral dos acusados", afirmou.
Fávero voltou a afirmar que está
havendo "um certo exagero" na
atribuição de crimes a Sedano.
De acordo com ele, em muitas
ocorrências, o modo de agir não
tem semelhança com a do estuprador de Barão. Além dos dois delegados, a equipe de investigação
conta com mais seis pessoas, entre
escrivães e investigadores.
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