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DIREITOS HUMANOS
Assessores do Senado começam a colher depoimentos em Jundiaí amanhã
CPI investiga funcionários de fórum
da Folha Campinas
A CPI (Comissão Parlamentar
Inquérito) do Judiciário pediu ontem ao Ministério da Aeronáutica
a verificação de supostos embarques para a Europa, entre 92 e 98,
de seis pessoas que teriam atuado
com o ex-juiz da Vara da Infância e
da Juventude de Jundiaí Luiz Beethoven Giffoni Ferreira.
O juiz, hoje titular da 18ª Vara Cível de São Paulo, é um dos alvos
das investigações da CPI. Ele já teve os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados e é suspeito de
promover adoções irregulares de
crianças para casais do exterior.
O advogado Marco Antonio Colagrossi denunciou em seu depoimento que pessoas ligadas ao juiz
teriam viajado para a Europa.
O advogado do Ferreira, Aderbal
da Cunha Bergo, negou ontem todas as acusações. "Ele mesmo (o
juiz) colocou seu sigilo bancário,
telefônico e fiscal à disposição para
quebra do sigilo." Segundo Bergo,
não há provas de irregularidades.
O requerimento da CPI, que será
enviado hoje para o Ministério da
Aeronáutica, pede que sejam investigados os nomes de Maria Rita,
Vitória Tereza Rossi Delfino, Maria Luiza Pincinato Acorsi, Maria
Ângela de Jesus e Stela Maris de
Oliveira Moreno.
A Folha não conseguiu localizá-las. Elas trabalhariam com o juiz.
Caso sejam comprovadas as denúncias, a CPI quer saber com
quais recursos esses funcionários
teriam viajado para a Europa e
quais os objetivos das viagens.
Outro requerimento aprovado
ontem na CPI determina que assessores dos senadores iniciem
amanhã uma diligência no Tribunal de Justiça de São Paulo para
analisar os processos referentes ao
movimento das mães de Jundiaí.
Amanhã, os assessores vão ouvir
oito pessoas em Jundiaí, com o auxílio da Polícia Federal.
Colagrossi e duas mães acusaram o juiz em seus depoimentos de
forjar provas nos processos e retirar as crianças das famílias de forma arbitrária. A procuradora do
Estado Maria Dolores Maçano
afirmou anteontem à CPI que encontrou falhas em todos os 14 processos de destituição de pátrio poder feitos pelos juiz.
A pediatra Marisa Viotti, que
também depôs anteontem, confirmou que o filho de Cristiane Lopes
foi tomado por ordem do juiz.
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