Campinas, Quarta, 19 de maio de 1999

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Quebra de sigilo será pedida

da Folha Campinas

O deputado estadual Renato Simões (PT) vai pedir hoje em seu depoimento a quebra do sigilo bancário da ex-promotora da Vara da Infância e da Juventude de Jundiaí Maria Inês de Oliveira Bicudo e do Comej (Centro de Orientação ao Menor de Jundiaí).
Simões também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado.
Um relatório elaborado pela comissão, que deve ser entregue à CPI hoje, aponta suspeitas na ligação entre o Comej e a Ami, entidade que faz agenciamento de adoções internacionais e financia entidades do Terceiro Mundo que trabalham com crianças carentes.
De acordo com o relatório da comissão, o Comej foi fundado em 18 de dezembro de 86, mas só foi registrado em maio de 90. Um dos fundadores é a promotora.
Uma ata do Comej com data de 88 registra a demissão da promotora da diretoria da entidade jundiaiense, por motivo de suas atribuições na Promotoria da Infância e da Juventude de Jundiaí.
No entanto, a comissão localizou em 94 um registro de atividades do Comej em que a promotora assina o documento como coordenadora da entidade, segundo a comissão da Assembléia.
Neste mesmo registro, o juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira é citado como membro da Comissão de Direitos Humanos do Comej.
Simões vai pedir que a CPI investigue quantas crianças foram adotas por meio da Ami e quantas delas passaram pelo Comej.
A Comissão conclui o relatório apontando como "pouco ética" a relação entre a promotora e a Ami.



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