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DIREITOS HUMANOS 2
Assessores do Senado começam a ouvir funcionários do Fórum na cidade para apurar denúncias
CPI apura tráfico de crianças em Jundiaí
da Folha Campinas
A CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) do Judiciário no Senado
deve direcionar os trabalhos nas
próximas semanas para investigar
as denúncias de uma suposta rede
de envio irregular de crianças de
Jundiaí para o exterior, envolvendo pessoas de diversos setores da
cidade.
A informação é do presidente da
CPI, Ramez Tebet (PMDB).
Entre quinta-feira e sexta-feira,
assessores da CPI estiveram em
Jundiaí para obter o depoimento
de funcionários do Fórum que trabalharam com o juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira.
"A CPI está aprofundando suas
investigações, apesar das dificuldades em ter acesso aos processos,
justamente por serem segredo de
Justiça", disse Tebet.
Os próximos passos da CPI podem ser a convocação da ex-promotora da Vara da Infância e da
Juventude de Jundiaí Maria Inês
Bicudo.
A quebra de sigilo da promotora
e do Comej (Centro de Orientação
do menor de Jundiaí) já foi pedida
pela CPI. "A promotora poderá ser
convocada, caso a CPI ache necessário", disse Tebet.
A quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira também
foi aprovado pela CPI na semana
passada.
Segundo o presidente da CPI, o
juiz já aceitou depor na comissão,
mas a data ainda não foi definida.
Há informações de que o depoimento do juiz deve acontecer nos
próximos 15 dias.
Desde que Ferreira se tornou um
dos alvos da CPI, sete depoimentos
reforçaram as suspeitas contra ele
no Senado.
No primeiro depoimento, o advogado Marco Antônio Colagrossi
disse à CPI que o juiz forjava provas e agia de forma arbitrária na
quebra do pátrio poder de famílias
de Jundiaí.
No depoimento seguinte, duas
mães confirmaram as denúncias e
disseram que o juiz teria tomado
seus filhos. A procuradora Maria
Dolores Maçano disse ter encontrado irregularidades nos 14 processos analisados de destituição do
pátrio poder.
A médica Marisa Viotti confirmou a suposta arbitrariedade do
juiz ao dar ordem para retirada de
um recém nascido de sua mãe.
O deputado estadual Renato Simões (PT) e o jornalista Mário Simas, da revista "Isto'é" também
confirmaram irregularidades.
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