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FINAL FELIZ
Cubana volta a viver com os pais
Governo cubano dá autorização para garota morar em Campinas
DA FOLHA CAMPINAS
Sandra Sablón, 11, filha do casal cubano Zaida Aguila e Vicente Becerra Sablón desembarcou anteontem pela manhã no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, terminando com o impasse de quatro anos entre o casal e o governo cubano de Fidel
Castro.
O casal tentou trazer a filha
para o Brasil durante o todo período que está no país, mas o governo castrista negou a permissão por quatro vezes, alegando
que a mudança de país atrapalharia os estudos da menina.
Após uma viagem de oito horas, Sandra chegou com enjôos
e um pouco confusa com o fuso
horário. A diferença de São Paulo para Havana é de três horas.
Ela disse estar feliz com o reencontro da família.
De acordo com os pais da garota, Sandra vai estudar português nos próximos meses e será
matriculada em uma escola de
Campinas no ano que vem. Em
Cuba, ela cursava o quinto ano
do ensino básico.
"Esse é um momento importante para nossa família. Sandra
precisa se adaptar aos costumes
brasileiros para levar uma vida
normal", disse Sablón.
Sablón e Zaida fazem doutorado na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desde
97. Ele é engenheiro elétrico, e
ela, engenheira química.
A liberação para que a garota
viesse morar com os pais no
Brasil só aconteceu após a intervenção no Ministério da Relações Exteriores.
O Itamaraty solicitou ao governo cubano a liberação de
Sandra há três semanas. Só depois da solicitação, o governo
cubano autorizou a viagem de
Sandra para o Brasil.
Desde anteontem, a garota está morando com os pais e o irmão brasileiro Daniel, 3, em um
apartamento de classe média no
bairro Proença, em Campinas.
"A única dificuldade que a
Sandra vai ter, por pouco tempo, é o ciúme do irmão que ainda não a conhecia, mas isso é
normal", disse Sablón.
Zaida e Vicente têm nacionalidade brasileira desde o nascimento do filho Daniel.
Sandra viajou para o Brasil
com a avó materna. Nos quatro
anos que ficou separada dos
pais, ela morou com a avó em
Santa Clara, cidade que fica a
200 quilômetros de Havana.
A avó da garota tem permissão para ficar no Brasil por 90
dias. Ao término desse prazo,
ela será obrigada a voltar para
Santa Clara por determinação
do governo cubano.
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