free-lance para a Folha Campinas

A Câmara de Campinas negou ontem, pela segunda vez nesta semana, o prefeito Francisco Amaral (PPB) e o preservou de uma investigação do Legislativo. Com isso, Chico consegue recompor parte de sua base governista na Câmara, abalada durante a greve dos servidores.
Vereadores da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que apura possíveis irregularidades administrativas na Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) vetaram ontem a convocação do prefeito para prestar depoimento.
Na segunda-feira, a Câmara rejeitou um pedido de abertura de uma CP (Comissão Processante) contra o prefeito, que poderia terminar com o seu impeachment.
A convocação do prefeito para depor foi requerida pelo presidente da CEI, vereador Sebastião Arcanjo (PT), o Tiãozinho. Os vereadores Luiz Carlos Rossini (PMDB), Aurélio José Cláudio (PDT) e Sebastião dos Santos (PSL) votaram contra o pedido.
Eles preferiram fazer um questionamento escrito ao prefeito. "Vamos fazer um questionário, elaborado pelos vereadores da CEI, que será enviado ao prefeito", afirmou Tiãozinho.
A convocação de Chico pela CEI da Emdec seria feita porque o presidente da empresa e secretário dos Transportes, Amando de Queiroz Telles Coelho, afirmou, em depoimento à comissão, que o prefeito tinha conhecimento e aprovou todos os contratos da empresa que estão sendo investigados por suspeita de irregularidades.
"O prefeito conseguiu reestruturar sua base dentro da Câmara, apesar de ela ainda ser frágil e poder se rebelar novamente assim que houver uma nova crise administrativa", afirmou o vereador Dário Saadi (PSDB), líder do partido na Câmara.
Já o líder do governo, Antonio Rafful (PPB), afirmou que o prefeito precisa ser preservado pela Câmara.
"A rejeição dos pedidos foi feita pela maioria dos vereadores nos dois casos", disse.



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