Campinas, Sexta, 25 de junho de 1999

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SAÚDE
Secretaria de Estado da Saúde promete retomar construção do Hospital Regional
Hospital de Sumaré atrasa 6 meses

RICARDO BRANDT
free-lance para Folha Campinas

As obras no Hospital Regional de Sumaré (26 km de Campinas) estão atrasadas há pelo menos seis meses em razão de um impasse judicial envolvendo a Secretaria da Saúde do Estado e a empreiteira Unitec (Unidade Técnica de Engenharia e Construções), de São Paulo, que executa as obras.
O hospital terá 270 leitos e deve ser entregue em dezembro deste ano, com, no mínimo, um ano de atraso.
O assessor de gabinete da secretaria do Estado, João Batista Rizec, afirmou que as obras serão retomadas a partir da semana que vem. O atraso no término das obras ocorreu porque a Unitec teria sido impedida de continuar a executá-las.
Uma disputa interna entre os sócios da empresa, em curso na Justiça desde agosto de 1998, a poderia impedi-la de continuar a construção. "A secretaria suspendeu o pagamento da empreiteira para evitar problemas legais", afirmou Rizec.
O investimento na obra de construção do hospital é de R$ 19 milhões. Desse total, restam R$ 4,5 milhões, que devem voltar a ser pagos "a partir de agora", segundo Rizec.
As obras foram paralisadas em dezembro de 1991 e, no início de 98, o governo do Estado retomou a construção, prometendo que a concluiria em um ano.
Até agora, no entanto, somente 85% da construção foi concluída, segundo informou o assessor.
A secretaria estima que, no mínimo, 250 mil pessoas devam ser beneficiadas com o novo hospital. "A demora na conclusão desse hospital agrava o problema do caos na Saúde enfrentado pelos moradores da nossa cidade e das vizinhas", afirmou o prefeito de Sumaré, Dirceu Dalben (PPS).
O Hospital Regional de Sumaré é o único do interior do Estado dentre os 11 que tiveram suas obras retomadas pelo governo Mário Covas (PSDB) no ano passado.
O que levou o governo a priorizar a obra de Sumaré foi o índice médio de dois leitos para cada grupo de mil habitantes, registrado na região de Campinas há um ano e meio.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que haja três leitos por mil.
Na região de Campinas, a média já foi de um leito para cada mil habitantes. Em alguns municípios da região, existia apenas 0,2 leito para cada mil habitantes, segundo dados da Secretaria da Saúde.
A Unitec foi procurada, mas o gerente administrativo da empresa, que não quis se identificar, afirmou que a empresa não iria se pronunciar sobre o assunto.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.