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SAÚDE
Secretaria de Estado da Saúde promete retomar construção do Hospital Regional
Hospital de Sumaré atrasa 6 meses
RICARDO BRANDT
free-lance para Folha Campinas
As obras no Hospital Regional de
Sumaré (26 km de Campinas) estão atrasadas há pelo menos seis
meses em razão de um impasse judicial envolvendo a Secretaria da
Saúde do Estado e a empreiteira
Unitec (Unidade Técnica de Engenharia e Construções), de São Paulo, que executa as obras.
O hospital terá 270 leitos e deve
ser entregue em dezembro deste
ano, com, no mínimo, um ano de
atraso.
O assessor de gabinete da secretaria do Estado, João Batista Rizec,
afirmou que as obras serão retomadas a partir da semana que vem.
O atraso no término das obras
ocorreu porque a Unitec teria sido
impedida de continuar a executá-las.
Uma disputa interna entre os sócios da empresa, em curso na Justiça desde agosto de 1998, a poderia
impedi-la de continuar a construção. "A secretaria suspendeu o pagamento da empreiteira para evitar problemas legais", afirmou Rizec.
O investimento na obra de construção do hospital é de R$ 19 milhões. Desse total, restam R$ 4,5
milhões, que devem voltar a ser
pagos "a partir de agora", segundo
Rizec.
As obras foram paralisadas em
dezembro de 1991 e, no início de
98, o governo do Estado retomou a
construção, prometendo que a
concluiria em um ano.
Até agora, no entanto, somente
85% da construção foi concluída,
segundo informou o assessor.
A secretaria estima que, no mínimo, 250 mil pessoas devam ser beneficiadas com o novo hospital. "A
demora na conclusão desse hospital agrava o problema do caos na
Saúde enfrentado pelos moradores da nossa cidade e das vizinhas",
afirmou o prefeito de Sumaré, Dirceu Dalben (PPS).
O Hospital Regional de Sumaré é
o único do interior do Estado dentre os 11 que tiveram suas obras retomadas pelo governo Mário Covas (PSDB) no ano passado.
O que levou o governo a priorizar a obra de Sumaré foi o índice
médio de dois leitos para cada grupo de mil habitantes, registrado na
região de Campinas há um ano e
meio.
A OMS (Organização Mundial
de Saúde) recomenda que haja três
leitos por mil.
Na região de Campinas, a média
já foi de um leito para cada mil habitantes. Em alguns municípios da
região, existia apenas 0,2 leito para
cada mil habitantes, segundo dados da Secretaria da Saúde.
A Unitec foi procurada, mas o
gerente administrativo da empresa, que não quis se identificar, afirmou que a empresa não iria se pronunciar sobre o assunto.
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