Campinas, Quarta-feira, 28 de Junho de 2000


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Ouvidor diz que crime é bárbaro

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Para o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Mariano, o crime ocorrido no União Agrícola Barbarense foi mais cruel do que o da favela Naval.
"Eu acompanhei o caso e foi um crime covarde, bárbaro. O assassinato não teve grande visibilidade, mas foi um caso gravíssimo, um crime cruel", disse.
Para o ouvidor da polícia, o comportamento dos policiais militares tem sido resultado de um modelo falido de polícia.
"O modelo está falido e isso influi no comportamento dos policiais. Enquanto essa situação não muda, a Justiça tem que agir com rigor", disse.
O ouvidor comparou o assassinato do adolescente de Santa Bárbara d'Oeste ao crime ocorrido no dia 7 de março de 97, quando o conferente Mário José Josino foi morto com um tiro durante ação da PM na favela Naval, em Diadema (região do ABCD).
A ação foi filmada por um cinegrafista amador e levada ao ar pela Rede Globo no dia 31 de março.
O tiro que matou Josino foi disparado pelo ex-soldado Otávio Lourenço Gambra, o Rambo.
De acordo com Mariano, de janeiro a março deste ano 248 pessoas foram mortas durante ação das Polícias Civil e Militar do Estado. Segundo ele, 80% dos crimes foram cometidos por PMs.
De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, 420 policiais foram expulsos no ano passado por ter cometido algum tipo de crime. Segundo a Corregedoria, outros 288 policiais foram demitidos e 56, punidos.


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