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Ouvidor diz que crime é bárbaro
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Para o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Mariano, o crime ocorrido no União
Agrícola Barbarense foi mais
cruel do que o da favela Naval.
"Eu acompanhei o caso e foi um
crime covarde, bárbaro. O assassinato não teve grande visibilidade, mas foi um caso gravíssimo,
um crime cruel", disse.
Para o ouvidor da polícia, o
comportamento dos policiais militares tem sido resultado de um
modelo falido de polícia.
"O modelo está falido e isso influi no comportamento dos policiais. Enquanto essa situação não
muda, a Justiça tem que agir com
rigor", disse.
O ouvidor comparou o assassinato do adolescente de Santa Bárbara d'Oeste ao crime ocorrido no
dia 7 de março de 97, quando o
conferente Mário José Josino foi
morto com um tiro durante ação
da PM na favela Naval, em Diadema (região do ABCD).
A ação foi filmada por um cinegrafista amador e levada ao ar pela Rede Globo no dia 31 de março.
O tiro que matou Josino foi disparado pelo ex-soldado Otávio
Lourenço Gambra, o Rambo.
De acordo com Mariano, de janeiro a março deste ano 248 pessoas foram mortas durante ação
das Polícias Civil e Militar do Estado. Segundo ele, 80% dos crimes foram cometidos por PMs.
De acordo com a Corregedoria
da Polícia Militar, 420 policiais foram expulsos no ano passado por
ter cometido algum tipo de crime.
Segundo a Corregedoria, outros
288 policiais foram demitidos e
56, punidos.
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