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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Projeto da LDO será votado na sessão de hoje; emendas são da bancada petista e de Carlos Rossini
Câmara propõe orçamento participativo
GUSTAVO PORTO
free-lance para a Folha Campinas
Duas emendas à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), uma da
bancada petista e outra do vereador governista Luiz Carlos Rossini
(PMDB), propõem a transformação do Orçamento 2000 de Campinas em participativo.
O projeto de lei da LDO será votado hoje pela segunda vez, na última sessão ordinária da Câmara
Municipal do semestre. Duas outras sessões extraordinárias acontecem após a ordinária.
O orçamento participativo, idealizado principalmente por prefeituras governadas ou que possuem
petistas no Executivo, como Porto
Alegre (RS) e Mogi Mirim (leia texto abaixo), adota sugestões da comunidade para o destino de verbas
públicas.
As idéias vão contra a posição do
prefeito Francisco Amaral (PPB),
que, desde o primeiro ano de governo, mostra resistência à possibilidade.
Segundo a emenda da bancada
petista, para a elaboração do projeto de lei do Orçamento do ano
2000, serão feitas cinco audiências
públicas que discutirão as seguintes áreas: Educação e Cultura, Saúde e Saneamento, Assistência e
Previdência, Habitação e Urbanismo, além de Transporte.
Durante as audiências, a prefeitura precisa apresentar as estimativas dos gastos para as áreas.
Será liberado o pronunciamento
para a população e as sugestões serão anexadas ao projeto do Orçamento.
"É uma forma de trazer a população para discutir o Orçamento e
saber quais são as suas prioridades", afirmou o vereador petista
Sebastião Arcanjo (PT).
Já a emenda à LDO de Rossini é
considerada, pelos próprios petistas, a mais avançada. Ela propõe
que as audiências públicas sejam
feitas nas DROs (Diretorias Regionais de Operações).
"É uma fórmula de descentralizar o debate e aceitar a apresentação de propostas pela comunidade", afirmou o vereador.
Se depender do vereador Antonio Rafful (PPB), líder do governo
na Câmara, os vereadores podem
desistir da idéia. "Quando o PT e o
PMDB governarem a cidade, eles
podem tentar implantar o orçamento participativo", afirmou
Rafful.
Segundo ele, a cidade é muito
grande e o Orçamento participativo iria conturbar a sua execução.
"O que é bom para uma cidade pode não ser para outra", disse.
Como o regimento interno da
Câmara determina que todas as
emendas protocoladas sejam votadas em bloco, vereadores devem
pedir destaque para as duas, já que
elas são semelhantes.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Tadeu Marcos
(PMDB), acha complicada a aplicação de um orçamento participativo na cidade.
"Durante o seu governo, de 1989
a 1992, Jacó Bittar (PSB) tentou implantar reuniões com moradores
mensalmente e não conseguiu.
Não sei se as propostas darão certo", disse.
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