Contratação da empresa Lix da Cunha tem suspeita de irregularidade; prefeito nega
MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas

A Secretaria de Obras de Campinas retoma hoje a construção da ponte sobre o Córrego do Piçarrão, na avenida John Boyd Dunlop, mesmo após denúncias de que a prefeitura teria contratado a construtora Lix da Cunha sem a devida concorrência pública. O anúncio foi feito anteontem pela secretária de Obras, Adriana Giacomini.
A obra vai custar R$ 1,25 milhão e tem prazo de 60 dias para ser concluída. A construção da ponte estava paralisada desde janeiro passado.
As denúncias de falta de concorrência foram feitas na semana passada pelo vereador Roberto Frati (sem partido), que entrou com uma interpelação judicial contra o preço e a necessidade de emergência, alegada para dispensar a licitação.
"Não quero embargar a obra, que é necessária, mas a ponte poderia ser construída por R$ 70 mil", disse.
O prefeito Francisco Amaral (PPB) negou que a contratação da construtora tenha sido irregular.
Segundo Chico, a Lix da Cunha foi contratada em caráter emergencial, pois uma erosão causada pela paralisação da obra comprometia uma rede de fibras óticas e uma adutora de água que passa pelo local. "Mesmo assim, quatro empresas concorreram à obra, que foi abandonada pela empresa que havia iniciado a construção da ponte", afirmou.

Precatórios
Chico disse anteontem que Campinas vai ficar fora do cadastro de município inadimplentes do Tesouro, apesar do recuo do Governo em socorrer Estados e municípios que emitiram títulos irregularmente para pagar precatórios.
A cidade está na Justiça para questionar o lançamento de títulos para pagar os precatórios.
Segundo o prefeito Francisco Amaral (PPB), Campinas espera uma definição judicial para conseguir refinanciar em dez anos a dívida que hoje chega a R$ 160 milhões.
Chico considera que a rolagem da dívida foi "a maior vitória de sua administração."
Ele disse também que espera que a Câmara aprove hoje o projeto que autoriza as obras na praça Antônio Pompeu de Camargo.



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