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Cientistas criam laser que aquece matéria a 2 milhões de graus

Invenção testada nos EUA poderá ser usada para estudar o centro de estrelas e planetas

DE SÃO PAULO

Cientistas anunciaram a criação do laser de raio-X mais potente já feito até agora, capaz de esquentar a matéria a até 2 milhões de graus Celsius -mais quente do que a coroa do Sol.

Embora muita gente só associe os raios laser a tocadores de CD e canetas usadas para atrapalhar a visão de jogadores de futebol, eles são essenciais para o estudo de muita coisa: da composição de planetas ao entendimento de vírus.

Quanto menor o comprimento da onda do laser, menor o tamanho das coisas que podem ser "vistas" com ela. Em trabalho publicado na "Nature", cientistas descrevem a criação da primeira versão atômica de laser de raio-X, que dispara mais energia e em comprimento de onda mais preciso do que qualquer outro já feito.

"Pesquisadores usarão esse novo tipo de laser para todo tipo de coisa interessante, como trazer à tona detalhes de reações químicas ou poder assistir, em tempo real, às moléculas biológicas trabalhando", disse Nina Rohringer, que liderou o trabalho.

O superlaser foi desenvolvido usando gás neônio e um superacelerador de partículas, na Califórnia.

O feixe foi usado para esquentar um fragmento de alumínio, mais fino do que uma teia de aranha, à temperatura de 2 milhões de graus Célsius. Isso deu origem a uma matéria densa quente que só está presente em lugares extremos, como no centro de estrelas. Possuir amostras disso em laboratório pode ajudar os cientistas a entender melhor as condições dentro desses astros e também no centro de planetas gigantes no nosso Sistema Solar e além, dizem os autores.

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