São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

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PALEONTOLOGIA

Crocodilo brasileiro é "elo perdido" na evolução de réptil

Sérgio Moraes/Reuters
Reconstituição do Montealtosuchus arrudacamposi


SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Cientistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do Museu de Paleontologia de Monte Alto (SP) apresentaram ontem o fóssil de um animal de 80 milhões de anos da classe dos crocodilos. Batizado de Montealtosuchus arrudacamposi, ele seria o ""elo perdido" entre crocodilos primitivos e de forma moderna.
""É uma grande descoberta para o entendimento da evolução do crocodilo ao longos dos milhões de anos", disse Felipe de Vasconcellos, um dos autores da análise do fóssil achado em Monte Alto.
O animal tem caraterísticas intermediárias entre duas fases da evolução dos crocodilos. ""O crânio mais curto e alto é uma semelhança com os primitivos. Já as articulações do crânio e da mandíbula, suas pernas e vértebras têm mais semelhanças com os atuais", diz Vasconcellos. Acredita-se que o Montealtosuchus fosse ágil, tinha patas mais longas, era carnívoro e terrestre.
""As órbitas dos olhos deles têm posição lateral, como um animal terrestre, como um cavalo, uma vaca", afirma o cientista. "Este é um grande indicativo de que ele passava grande parte do tempo em terra. Já os olhos dos crocodilos atuais ficam em cima do crânio para se manter dentro da água."
Além da cidade do interior paulista, o nome do animal se inspirou em Antônio Celso de Arruda Campos, 73, que encontrou o fóssil em 2004. Ele é diretor do museu de Monte Alto.


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