|
Texto Anterior | Índice
PALEONTOLOGIA
Crocodilo brasileiro é "elo perdido" na evolução de réptil
Sérgio Moraes/Reuters
|
Reconstituição do Montealtosuchus arrudacamposi |
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Cientistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro) e do Museu de Paleontologia de Monte Alto
(SP) apresentaram ontem o
fóssil de um animal de 80 milhões de anos da classe dos
crocodilos. Batizado de Montealtosuchus arrudacamposi,
ele seria o ""elo perdido" entre crocodilos primitivos e
de forma moderna.
""É uma grande descoberta
para o entendimento da evolução do crocodilo ao longos
dos milhões de anos", disse
Felipe de Vasconcellos, um
dos autores da análise do
fóssil achado em Monte Alto.
O animal tem caraterísticas intermediárias entre
duas fases da evolução dos
crocodilos. ""O crânio mais
curto e alto é uma semelhança com os primitivos. Já as
articulações do crânio e da
mandíbula, suas pernas e
vértebras têm mais semelhanças com os atuais", diz
Vasconcellos. Acredita-se
que o Montealtosuchus fosse
ágil, tinha patas mais longas,
era carnívoro e terrestre.
""As órbitas dos olhos deles
têm posição lateral, como
um animal terrestre, como
um cavalo, uma vaca", afirma o cientista. "Este é um
grande indicativo de que ele
passava grande parte do
tempo em terra. Já os olhos
dos crocodilos atuais ficam
em cima do crânio para se
manter dentro da água."
Além da cidade do interior
paulista, o nome do animal
se inspirou em Antônio Celso de Arruda Campos, 73,
que encontrou o fóssil em
2004. Ele é diretor do museu
de Monte Alto.
Texto Anterior: Dados de satélites rápidos estão de acordo sobre alta no desmate Índice
|