DA REUTERS

Todas as 15 nações da União Européia ratificaram ontem o Protocolo de Kyoto, contra o aquecimento global, e pediram que os Estados Unidos -que deram as costas ao pacto- também fizessem a sua parte.
O protocolo, que nasceu da histórica Eco-92, pretende cortar as emissões de gases-estufa, principalmente o dióxido de carbono, considerados culpados pelo aumento da temperatura global. Assinado em 1997 no Japão, o acordo prevê uma redução de 5% das emissões desses gases em relação aos níveis de 1990.
Para entrar em vigor mundialmente, ele precisará ser assinado por pelo menos 55 países, responsáveis por 55% das emissões das nações desenvolvidas. O governo norte-americano de George W. Bush alega razões econômicas para não ratificar o protocolo.
Numa cerimônia na sede da ONU, em Nova York, representantes das 15 nações da UE entregaram documentos de seus respectivos países, simbolizando que suas legislaturas nacionais haviam aprovado o pacto.
Margot Wallstrom, comissária européia do ambiente, disse que aquele era "um momento histórico para os esforços globais no combate à mudança climática", mas enfatizou a necessidade de um comprometimento dos EUA.
"Os Estados Unidos são os únicos a terem rejeitado as medidas globais contra a mudança climática. A União Européia exorta os Estados Unidos a reconsiderar sua posição", disse Wallstrom. "Todos os países têm de agir, mas o mundo industrializado tem de tomar a dianteira."
Até agora, 70 países, que respondem por 26,6% das emissões das nações industrializadas, já ratificaram o tratado.



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