São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2004

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ESPAÇO

Nave orbita planeta Saturno

Cassini vê Mimas, mas já está de olho em Titã

Divulgação JPL/Nasa
Imagem em cor natural mostra Saturno ao fundo, com uma de suas luas, Mimas (acima, à direita), e seus anéis (abaixo) projetando sombras no planeta


SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto a sonda Cassini captura imagens bonitas do sistema saturnino, como a que está aí à direita, os cientistas envolvidos na missão já estão pensando em sua próxima parada científica: mais um sobrevôo da maior lua de Saturno, Titã, que ocorre em 11 dias.
O primeiro sobrevôo rasante ocorreu em outubro e trouxe mais perguntas que respostas. O radar pode ou não ter detectado sinal de hidrocarbonetos líquidos na superfície. "As pequenas regiões escuras vistas no radar podem ser líquidas, mas não há prova", diz John Spencer, do Southwest Research Institute, nos EUA, que participa da missão. "Não há rios óbvios ou algo do tipo."
Os pesquisadores também viram sinais de atividade geológica na lua, mas não entendem exatamente o que estão vendo ou como explicar as formações. Eles esperam que o novo sobrevôo traga novas peças ao quebra-cabeça.
"Parece que Titã vai entregar seus segredos gradualmente, não tudo de uma vez", diz Spencer. "É um lugar muito estranho e nós temos de usar técnicas incomuns para ver sua superfície, então não entendemos muita coisa logo de cara. Mas os dados têm ótima qualidade e temos muito mais por vir, então estou confiante de que acharemos as respostas no final."
Não há pressa. A Cassini fará dezenas de sobrevôos de Titã ao longo dos próximos quatro anos.


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