São Paulo, Quinta-feira, 03 de Fevereiro de 2000


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EUA estudam vigilância de geneterapia

SHERYL GAY STOLBERG
do "The New York Times"

Funcionários dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH, em inglês) disseram anteontem que a fiscalização das reações adversas de pacientes durante terapias genéticas é falha e precisa ser reexaminada.
A terapia genética, desenvolvida há cerca de dez anos, procura inserir em células humanas trechos de material genético que poderiam corrigir algumas doenças hereditárias.
Os NIH deverão traçar um plano para assegurar que os cientistas reportem quaisquer efeitos colaterais nocivos do tratamento.
"Recebemos apenas poucos relatórios de ocorrências adversas. Isso é um sinal de que informações estão sendo sonegadas", informou Ruth Kirschstein, uma das diretoras dos NIH.
A declaração surge às vésperas de uma investigação do Congresso norte-americano sobre as falhas da supervisão do governo sobre as terapias genéticas e a morte do paciente Jesse Gelsinger, em 1998, que participava de testes com a terapia na Universidade da Pensilvânia.
Em uma troca de cartas com Henry Waxman, deputado da Califórnia, funcionários dos NIH disseram que, de 691 efeitos colaterais sérios de pacientes de um tipo de terapia genética, apenas 39 foram informados imediatamente. "É uma taxa de 95% de omissão", disse Waxman.
Outras ocorrências de efeitos colaterais foram reportadas apenas após a morte Gelsinger.


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