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INOVAÇÃO
Desde julho, 45 companhias anunciaram cortes
Empresas biotecnológicas passam por sua pior crise orçamentária
ANDREW POLLACK
DO "THE NEW YORK TIMES"
Quando os ataques terroristas
interromperam o tráfego aéreo
no ano passado, uma exceção foi
feita a um jatinho voando do sul
da Califórnia a Washington. Ele
carregava camadas de células de
pele humana para tratar vítimas
de queimaduras no Pentágono.
Agora, a fabricante daquele
produto de biotecnologia, a Advanced Tissue Sciences, está ela
mesma precisando de ajuda. A
companhia, de San Diego, pediu
concordata no mês passado e ainda está operando, embora não
consiga levantar recursos.
Esse é apenas um exemplo. A
indústria de biotecnologia está
enfrentando uma de suas piores
crises financeiras. Os valores de
suas ações despencaram, e os cofres de Wall Street estão quase totalmente fechados, tornando praticamente impossível que companhias famintas por capital obtenham financiamento.
Como resultado, muitas empresas estão agora lutando por suas
vidas. Cerca de 35% das companhias com ações na bolsa têm menos de um ano de verba disponível, no nível atual de gastos, segundo uma pesquisa recente feita
pela consultoria Merrill Lynch.
Desde o começo de julho, pelo
menos 45 companhias de biotecnologia nos EUA e na Europa
anunciaram cortes, segundo a
newsletter BioCentury.
Entre as companhias em situação mais precária estão as que
mais atraíram a atenção no passado pelo potencial revolucionário
de suas pesquisas. Essas tecnologias costumam não só ser de vasto
impacto, mas também levar um
vasto tempo para dar resultados
-ou seja, começar a fazer dinheiro. Esses são exatamente os tipos
de negócio que os investidores estão evitando agora.
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