DA REDAÇÃO

Um assessor econômico do presidente da Rússia que havia anunciado na terça-feira a recusa de seu país a ratificar o Protocolo de Kyoto reafirmou a informação ontem. Segundo Andrei Illarionov, Vladimir Putin já rejeitou o tratado internacional para controle de emissões de gases que agravam o efeito estufa.
Um dia depois, as declarações de Illarionov foram desautorizadas pelo Ministério da Economia. Agora, o assessor direto de Putin reafirma que cortes nas emissões prejudicarão a economia russa e são por isso inaceitáveis.
A Rússia tem sido pressionada pelos EUA e pela União Européia, respectivamente opositores e defensora do protocolo, para que se decida quanto ao tratado (sem seu apoio e sem o dos EUA, os signatários restantes não têm como atingir o piso de 55% das emissões necessário para que o pacto entre em vigor).
A Rússia era responsável por cerca de 17% das emissões dos países industrializados em 1990, ano-base sobre o qual essas nações deveriam realizar cortes de 5,2%, em média.
"A afirmação [de terça-feira] foi feita fisicamente por mim, mas as palavras que usei foram as do presidente russo", diz agora o assessor de Putin. Os comentários de Illarionov foram interpretados como indício de que os EUA estão ganhando terreno.