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São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2003

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MEDICINA

Anticorpo pára doença da vaca louca em roedor

DA REUTERS

Cientistas britânicos impediram a progressão de uma forma da doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme) em camundongos, o que pode ser o primeiro passo para um tratamento da versão humana da moléstia.
Embora uma terapia para a doença ainda deva levar anos para ficar pronta, os pesquisadores do Imperial College de Londres afirmam que seu trabalho representa um avanço crucial.
"Ele prova que podemos suprimir, se não curar, a doença de forma muito eficiente", disse Simon Hawke, líder da equipe. A doença da vaca louca, assim como sua forma em humanos, é causada pela versão modificada de uma proteína do cérebro, o príon.
Num estudo publicado hoje pela revista científica "Nature" (www.nature.com), Hawke e seus colaboradores usaram anticorpos em camundongos infectados com "scrapie", a forma da doença que afeta ovelhas.
Aplicados antes que os primeiros sintomas aparecessem, os anticorpos se mostraram capazes de evitar que eles surgissem indefinidamente. Por outro lado, os animais sem o tratamento acabaram morrendo. Os anticorpos impediram que os príons nos camundongos se transformassem em sua versão maligna.
Não há tratamento ou cura para nenhuma das doenças causadas por príons. Os doentes sofrem perda progressiva de sua coordenação e capacidade mental.


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