|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ÉTICA
Debate envolve Europa e EUA
Cientistas já discutem adoção de juramento
DA REDAÇÃO
Pesquisadores norte-americanos e europeus formaram um comitê para discutir se devem adotar um juramento profissional. A
iniciativa nasceu da preocupação
com as reações da opinião pública
diante das biotecnologias e da
manipulação da vida.
Na primeira reunião, realizada
semana passada nos Estados Unidos, o presidente do comitê, Irving Lerch, chamou atenção para
o fato de que o público está cada
vez mais consciente do poder da
ciência tanto para criar quanto
para destruir a vida.
Peter Blair, norte-americano
como Lerch, argumentou que um
juramento não vai substituir o debate profundo sobre as questões
da nova biologia. Outros participantes manifestaram o temor de
que o juramento acabe prejudicando a liberdade de pesquisa.
Alguns dos europeus presentes
à reunião, segundo relato publicado na Internet pela AAAS (Associação Americana para o Avanço
da Ciência, www.aaas.org), mostraram-se desconfiados quanto à
eficácia de um juramento. Eles levantaram a possibilidade de que
ações educacionais e aprofundamento de diretrizes éticas para
pesquisa dêem mais resultado.
Para os europeus, seus conterrâneos reagiriam com ceticismo a
um juramento em que cientistas
declarassem a própria honestidade e a intenção de trabalhar pelo
bem da humanidade.
Georges Kutukdjian, da Divisão
de Ética na Ciência e Tecnologia
da Unesco, disse que há urgência
na criação de um juramento, mas
que ele precisa ser mundial.
Texto Anterior: Bush e Gore divergem sobre estação espacial Próximo Texto: Memória: Johanna Döbereiner morre aos 75 Índice
|