São Paulo, sexta-feira, 06 de outubro de 2000

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ÉTICA
Debate envolve Europa e EUA
Cientistas já discutem adoção de juramento

DA REDAÇÃO

Pesquisadores norte-americanos e europeus formaram um comitê para discutir se devem adotar um juramento profissional. A iniciativa nasceu da preocupação com as reações da opinião pública diante das biotecnologias e da manipulação da vida.
Na primeira reunião, realizada semana passada nos Estados Unidos, o presidente do comitê, Irving Lerch, chamou atenção para o fato de que o público está cada vez mais consciente do poder da ciência tanto para criar quanto para destruir a vida.
Peter Blair, norte-americano como Lerch, argumentou que um juramento não vai substituir o debate profundo sobre as questões da nova biologia. Outros participantes manifestaram o temor de que o juramento acabe prejudicando a liberdade de pesquisa.
Alguns dos europeus presentes à reunião, segundo relato publicado na Internet pela AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência, www.aaas.org), mostraram-se desconfiados quanto à eficácia de um juramento. Eles levantaram a possibilidade de que ações educacionais e aprofundamento de diretrizes éticas para pesquisa dêem mais resultado.
Para os europeus, seus conterrâneos reagiriam com ceticismo a um juramento em que cientistas declarassem a própria honestidade e a intenção de trabalhar pelo bem da humanidade.
Georges Kutukdjian, da Divisão de Ética na Ciência e Tecnologia da Unesco, disse que há urgência na criação de um juramento, mas que ele precisa ser mundial.



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