São Paulo, Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2000


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Processo precisou ser refeito em 1999

da Reportagem Local

Os cientistas do projeto Xylella tiveram que reiniciar o sequenciamento depois de quase dois anos de pesquisa, devido a problemas na montagem desse "quebra-cabeça". "Mas, no fim, deu tudo certo", diz Andrew Simpson, coordenador do projeto.
O genoma da Xylella fastidiosa foi dividido em partes e cada uma foi enviada a um laboratório. A técnica tradicional de sequenciamento consiste na divisão do genoma em partes de 500 bases.
"No entanto, os pesquisadores aprenderiam muito pouco, pois as partes eram pequenas", explica Simpson. Para favorecer o aprendizado, os centros receberam partes com 50 mil bases cada.
Para sequenciar as bases foi preciso, primeiro, multiplicá-las, processo realizado com o auxílio da bactéria Escherichia coli.
As bases foram inseridas em uma estrutura da E. coli chamada plasmídeo. No caso do Brasil, por usar 50 mil bases, foram usados closmídeos, uma estrutura maior.
Após a multiplicação, as bases da Xylella foram lidas por um computador, que colocou a sequência em ordem (veja quadro).
O processo parecia estar indo bem. No entanto, quando os pesquisadores juntaram as peças, elas não encaixavam. Havia 14 espaços entre as peças. Simpson decidiu então recomeçar o processo, usando partes de 500 bases em vez de 50 mil. Isso foi em maio de 99. Hoje, faltam apenas mil bases para ser encaixadas. (GS)


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