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Vale de 1,3 km de profundidade
pode ter "engolido" sonda da Nasa
das agências internacionais
A sonda espacial Mars Polar
Lander, da Nasa (agência espacial
dos EUA), que desapareceu durante o processo de pouso em
Marte, em 3 de dezembro, pode
ter sido destruída ao cair em um
vale de 1,3 km de profundidade
no pólo sul do planeta.
A informação foi dada ao jornal
norte-americano "Denver Post"
por um funcionário, cujo nome
não foi divulgado, da empresa
Lockheed Martin, que participou
da montagem e da pilotagem da
sonda, sob orientação do Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa.
Segundo ele, até duas semanas
após o pouso fracassado da Polar
Lander, nenhum membro da
Lockheed Martin sabia da existência do vale na área de pouso,
que chegava a ter 10 km de largura
em alguns pontos.
"De repente, depois de duas semanas, recebemos imagens topográficas do local e exclamamos
"Olha só aquele buraco!'", disse o
membro da empresa. "Existem
grandes chances de que a sonda
tenha caído lá."
Daniel McCleese, cientista do
Laboratório de Propulsão a Jato,
afirma que a equipe da Nasa já sabia da existência do abismo.
"O planeta é marcado por crateras e vales", disse. "Seria impossível aterrissar uma sonda em Marte sem correr nenhum risco."
A Nasa ainda não apresentou
nenhuma explicação sobre o desaparecimento da Mars Polar
Lander. A Mars Global Surveyor,
que orbita o planeta, falhou em
localizar os destroços da sonda.
A missão da Polar Lander, que
custou US$ 165 milhões, era buscar vestígios de água no subsolo
de Marte e estudar seu clima.
A falta de comunicação entre a
Nasa e a Lockheed Martin causou
o fracasso de outra missão, a da
Mars Climate Orbiter, em setembro. Uma confusão sobre sistemas de medidas causou a destruição da sonda na órbita do planeta.
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