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MEDICINA
Estudo nos EUA teve mais de 29 mil voluntários
Ejaculações freqüentes podem reduzir risco de câncer de próstata
DA REDAÇÃO
Atividade sexual não causa câncer de próstata, e homens que ejaculam freqüentemente podem até
estar se protegendo contra a
doença, segundo um estudo conduzido por cientistas americanos.
A pesquisa contou com mais de
29 mil homens sadios e cobriu todo tipo de atividade sexual, incluindo masturbação e polução
noturna. Os resultados confirmam um resultado obtido por
um estudo menor, divulgado por
cientistas na Austrália em 2003.
Havia uma desconfiança na comunidade médica de que a alta
freqüência de atividade sexual
pudesse aumentar o risco de câncer de próstata. A razão estaria
numa produção exagerada do
hormônio masculino testosterona, que poderia disparar o crescimento das células da próstata.
A nova pesquisa, feita por um
grupo do Instituto Nacional do
Câncer liderada por Michael
Leitzmann, constatou que a freqüência da ejaculação não está relacionada a um risco aumentado.
"Não há efeitos adversos. E níveis
mais elevados de ejaculação parecem proteger homens do desenvolvimento de câncer de próstata", disse o pesquisador.
O estudo sugeriu que ejaculações freqüentes podem reduzir a
concentração de "carcinógenos
químicos [substâncias que provocam a formação de tumores malignos] que se acumulam facilmente no fluido prostático" e podem reduzir o desenvolvimento
de pequenos cristais "que foram
associados ao câncer de próstata
em alguns [casos]".
O novo estudo foi publicado
nesta semana na "Jama" (jama.
ama-assn.org), revista da Associação Médica Americana. Ele
acompanhou homens de 40 a 75
anos na época em que a pesquisa
foi iniciada, em 1986.
O estudo australiano teve um
escopo bem menor, contando
com a participação de 1.079 homens diagnosticados com câncer
de próstata, comparados a outros
1.259 que não tinham a doença.
Os resultados, entretanto, apontaram na mesma direção.
Leitzmann diz que agora as evidências são ainda mais fortes,
porque seu estudo acompanhou
os homens ao longo do tempo,
em vez de pedir que se lembrassem da freqüência de ejaculação
somente depois de terem sido
diagnosticados com câncer.
Com agências internacionais
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