São Paulo, sexta, 7 de agosto de 1998

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Lixo tóxico eleva risco de deformações fetais

da "Reuters"

Mulheres que moram em um raio de três quilômetros de depósitos de lixo tóxico industrial correm maior risco de gerar fetos portadores de malformações, segundo cientistas britânicos.
Essa é a conclusão de um estudo publicado na edição de hoje da revista médica britânica "The Lancet" por pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (Reino Unido).
Foram estudadas mais de mil crianças com diferentes tipos de defeitos congênitos em cinco países europeus (Reino Unido, Bélgica, França, Dinamarca e Itália).
Eles afirmam que o risco de ocorrência de alguns defeitos -malformação do cérebro, do coração e de artérias- é 33% maior no caso de grávidas que moram próximo a depósitos de material tóxico industrial.
As conclusões se baseiam em análises estatísticas. "Precisamos ainda verificar a existência de uma relação de causa e efeito", disse Helen Dolk, que coordenou a pesquisa britânica.
A geneticista Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo, diz que a identificação das substâncias possivelmente responsáveis pelos defeitos é um processo complexo, demorado e sujeito a falhas.



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