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Lixo tóxico eleva risco
de deformações fetais
da "Reuters"
Mulheres que moram em um
raio de três quilômetros de depósitos de lixo tóxico industrial correm maior risco de gerar fetos
portadores de malformações, segundo cientistas britânicos.
Essa é a conclusão de um estudo
publicado na edição de hoje da revista médica britânica "The Lancet" por pesquisadores da Escola
de Higiene e Medicina Tropical de
Londres (Reino Unido).
Foram estudadas mais de mil
crianças com diferentes tipos de
defeitos congênitos em cinco países europeus (Reino Unido, Bélgica, França, Dinamarca e Itália).
Eles afirmam que o risco de
ocorrência de alguns defeitos
-malformação do cérebro, do
coração e de artérias- é 33%
maior no caso de grávidas que
moram próximo a depósitos de
material tóxico industrial.
As conclusões se baseiam em
análises estatísticas. "Precisamos
ainda verificar a existência de uma
relação de causa e efeito", disse
Helen Dolk, que coordenou a pesquisa britânica.
A geneticista Mayana Zatz, da
Universidade de São Paulo, diz
que a identificação das substâncias possivelmente responsáveis
pelos defeitos é um processo complexo, demorado e sujeito a falhas.
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