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Limpeza do óleo vai levar anos, diz Guarda Costeira
Fragmentação do petróleo atrasa esforço de contenção no golfo do México
Viúvas de funcionários da BP mortos durante acidente pedem fim do embargo à extração com plataforma em alto-mar
Charlie Riedel/Associated Press
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Peixe morto em poça de óleo na praia de Bay Long, na Louisiana
DO "NEW YORK TIMES"
O governo dos EUA afirmou ontem que o trabalho de
mitigação dos efeitos do vazamento de óleo na natureza
do golfo do México pode levar anos. Como a mancha de
petróleo está se desintegrando em muitos pedaços, o óleo
ganha a capacidade de se espalhar por uma área maior.
Thad Allen, chefe da Guarda Costeira, resumiu o problema ao dizer que o maior
desafio agora é lidar com "a
abrangência e a complexidade da desagregação do óleo".
Mesmo que o vazamento
de petróleo seja contido em
poucas semanas, disse, os
trabalhos de retenção da
mancha de óleo à deriva no
Golfo do México podem durar até o início de dezembro.
A estimativa pessimista foi
anunciada num estágio em
que a BP já consegue estancar parte do vazamento, canalizando o óleo para navios-tanques através de um sifão
instalado na saída do poço.
Como a empresa não dá
conta de manejar todo o óleo
captado, foi obrigada a deixar brechas no aparato de
captação e deixar mais óleo
sair. Ontem, cerca de 11 mil
barris de petróleo estavam
sendo capturados, enquanto
algo entre 12 mil e 25 mil barris seguiam vazando.
Allen disse que a única solução definitiva para deter o
vazamento são os chamados
"furos de alívio" -poços secundários que estão sendo
escavados para interceptar e
selar o poço vazante.
A BP afirmou ontem que
vai substituir a estrutura que
está sendo usada agora para
capturar o óleo na saída do
poço. No início de julho, a
empresa deve tentar instalar
um aparato mais ajustado
para vedar a saída do óleo.
Viúvas de dois dos 11 funcionários da BP buscaram a
imprensa ontem para criticar
a decisão do presidente Barack Obama de impor um
embargo à exploração de petróleo em águas profundas.
"Meu marido tinha grande
orgulho de seu emprego, (...)
mas o mais importante era
ele saber que o trabalho em
alto-mar dava a seu filho a vida que ele queria", disse Natalie Roshto, acompanhada
de Courtey Kemp, para quem
o embargo não pune os verdadeiros responsáveis.
"Peço ao sr. que por favor
considere punições mais duras para empresas que escolhem ignorar os padrões de
segurança antes que outras
famílias sejam destruídas."
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