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Clínica quer
"salvar" embrião
dos cientistas
EMMA ROSS-THOMAS
DA REUTERS
Uma clínica de fertilização
espanhola lançou ontem
uma campanha para permitir a mulheres adotarem embriões congelados para salvá-los de serem destruídos
para pesquisa depois que o
país aprovar o uso de células-tronco embrionárias.
A Espanha tem hoje algo
em torno de 60 mil a 80 mil
embriões congelados que
sobraram de tratamentos de
fertilidade. Um decreto a ser
publicado até o fim deste
mês permitirá aos cientistas
usá-los para a obtenção desse tipo de célula, que tem potencial terapêutico.
A clínica, em Barcelona,
chamada Institut Marques,
quer criar uma alternativa
ao descarte permitindo que
mulheres tenham esses embriões implantados em seu
útero e criá-los como filhos.
"Nós somos a favor da pesquisa, mas, se tivermos embriões de parentes saudáveis, poderia ser bom dar a
eles a opção de nascer", disse
a ginecologista do instituto
Marisa López-Teijón.
Casais inférteis já podem
receber embriões de outros
casais, mas geralmente preferem os mais parecidos
com eles mesmos. O esquema proposto visa a encontrar um lar para os embriões,
não atender a especificações
dos casais.
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