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ASTRONOMIA
Fenômeno será observável em todo o país
Lua ganha tom avermelhado hoje, no segundo eclipse lunar do ano
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A noite de hoje reserva para os
apreciadores da observação do
céu o segundo eclipse lunar do
ano. Assim como o primeiro,
ocorrido em 15 de maio, este também oferece excelentes condições
para os espectadores brasileiros.
O fenômeno será visto de forma
completa em quase todo o país,
com exceção de uma pequena faixa a oeste, que verá a Lua nascendo a leste depois de começado o
escurecimento do satélite.
Mesmo nesses casos, a observação deve ser interessante (veja
quadro abaixo, com mapa e horários). Será possível observar a Lua
ser gradativamente encoberta por
uma sombra e depois ganhar um
tom avermelhado. Após alguns
minutos, o fenômeno começa a
ser revertido, até o satélite recuperar seu aspecto usual, uma brilhante Lua cheia.
Não é preciso usar instrumentos ópticos ou filtros para observar adequadamente o fenômeno,
mas o uso de binóculos ou lunetas
sempre torna o espetáculo mais
atraente. Com equipamentos modestos é possível, por exemplo,
distinguir com mais clareza as
grandes manchas escuras da Lua,
às quais o italiano Galileu Galilei,
em 1610, deu o nome de mares.
Na época, ele achou que poderiam mesmo ser corpos d'água na
superfície lunar, mas pesquisas
subsequentes mostraram que
eram apenas solos mais recentes e
aplainados, resultantes de impactos gigantescos de asteróides e atividade vulcânica intensa na Lua.
Foi no mar da Tranquilidade,
localizado perto do centro, na
porção oeste do disco lunar, que o
astronauta Neil Armstrong deu
seus primeiros passos na Lua,
saindo do módulo lunar da Apollo-11, em 20 de julho de 1969.
Um eclipse lunar ocorre quando Sol, Terra e Lua se alinham, e o
satélite natural (que tem cerca de
um quarto do diâmetro terrestre)
passa por trás da sombra projetada pela Terra, ao encobrir os raios
vindos do Sol.
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