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São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2003

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ASTRONOMIA

Fenômeno será observável em todo o país

Lua ganha tom avermelhado hoje, no segundo eclipse lunar do ano

SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A noite de hoje reserva para os apreciadores da observação do céu o segundo eclipse lunar do ano. Assim como o primeiro, ocorrido em 15 de maio, este também oferece excelentes condições para os espectadores brasileiros.
O fenômeno será visto de forma completa em quase todo o país, com exceção de uma pequena faixa a oeste, que verá a Lua nascendo a leste depois de começado o escurecimento do satélite.
Mesmo nesses casos, a observação deve ser interessante (veja quadro abaixo, com mapa e horários). Será possível observar a Lua ser gradativamente encoberta por uma sombra e depois ganhar um tom avermelhado. Após alguns minutos, o fenômeno começa a ser revertido, até o satélite recuperar seu aspecto usual, uma brilhante Lua cheia.
Não é preciso usar instrumentos ópticos ou filtros para observar adequadamente o fenômeno, mas o uso de binóculos ou lunetas sempre torna o espetáculo mais atraente. Com equipamentos modestos é possível, por exemplo, distinguir com mais clareza as grandes manchas escuras da Lua, às quais o italiano Galileu Galilei, em 1610, deu o nome de mares.
Na época, ele achou que poderiam mesmo ser corpos d'água na superfície lunar, mas pesquisas subsequentes mostraram que eram apenas solos mais recentes e aplainados, resultantes de impactos gigantescos de asteróides e atividade vulcânica intensa na Lua.
Foi no mar da Tranquilidade, localizado perto do centro, na porção oeste do disco lunar, que o astronauta Neil Armstrong deu seus primeiros passos na Lua, saindo do módulo lunar da Apollo-11, em 20 de julho de 1969.
Um eclipse lunar ocorre quando Sol, Terra e Lua se alinham, e o satélite natural (que tem cerca de um quarto do diâmetro terrestre) passa por trás da sombra projetada pela Terra, ao encobrir os raios vindos do Sol.


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