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Hospital tem ala para estrangeiros
DE PEQUIM
Steven Griff, 58, é um dos americanos que estão viajando à China para se submeter ao transplante de células de feto. Paralisado da
cintura para baixo depois de um
acidente de carro, ele foi operado
há um mês por Huang Hongyun.
Apesar de sutis, ele já sente algumas mudanças em seu corpo. A
mais visível é a volta da transpiração nas áreas paralisadas, algo
que não muda a qualidade de vida
do paciente, mas dá esperança de
avanços no uso da técnica.
Sua esperança é que os efeitos
sejam mais evidentes dentro de
quatro ou cinco meses. Huang
afirma que mesmo uma pequena
melhora no estado do paciente
deve ser comemorada. "Há muitos casos de pessoas que não conseguiam segurar um copo antes
da cirurgia e depois, conseguem."
O resultado do transplante se
manifesta mais rapidamente nos
pacientes com ALS (esclerose lateral amiotrófica), mas também
pode não ser permanente.
Nos casos de ALS, a estabilização do quadro do paciente já é
uma grande vitória, pois a doença
provoca rápida degeneração de
várias funções motoras e na fala.
A crescente demanda do transplante por parte dos estrangeiros
levou Huang a construir uma ala
exclusiva para esse grupo no Hospital Yu Quan. Quando a Folha
visitou o local, havia 16 pacientes,
a maioria americanos.
Todos os entrevistados criticaram as restrições nos EUA à pesquisa com embriões humanos e
afirmaram que elas estão atrasando a medicina em seu país.
"Os EUA estão sendo dirigidos
por pessoas religiosas de direita",
afirma Steve Byer, 62, cujo filho
Ben foi operado em julho. Ben está de volta, concluindo um documentário sobre pessoas com ALS.
A cirurgia custa US$ 20 mil no
hospital Yu Quan, preço que inclui internação e terapia pós-operatória. Os chineses são tratados
no Hospital Chaoyang. Pagam
menos, mas também têm instalações de qualidade inferior.
(CT)
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