DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por meio de sua assessoria de imprensa, a direção do Instituto Chico Mendes disse que a nova autarquia "não tem dependência com o Ibama ou com qualquer outro órgão, sendo vinculado ao Ministério do Meio Ambiente".
"O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é uma autarquia federal com autonomia administrativa, financeira e orçamentária que se encontra em fase de implementação", afirma a direção do instituto criado por meio de uma medida provisória editada no final de abril.
A Folha solicitou uma entrevista com o presidente interino do órgão, João Paulo Capobianco, mas foi orientada pela assessoria do órgão a enviar as questões por e-mail. Elas foram respondidas em nome da "direção" do novo instituto.
Em relação às críticas sobre a suposta falta de planejamento para a criação do instituto, a direção do órgão declara: "Não há dependência. O que há é uma transferência de competências do Ibama para o Chico Mendes em relação à gestão das unidades de conservação".

Decisão presidencial
Sobre o fato de ainda não ter um presidente definitivo (o comando interino assumiu em agosto), a direção do Chico Mendes diz que o tal período tem como objetivo "garantir uma transição harmoniosa, prevenindo a canibalização entre os dois órgãos".
A reportagem ainda solicitou entrevista com o presidente interino do Ibama, Bazileu Alves. A Folha também foi orientada a enviar as questões por e-mail.
Na resposta, via assessoria de imprensa, o Ibama informou que tem todas as condições de cumprir o acordo de cooperação "sem necessidade de aporte extra de recursos".
Sobre a justificativa da criação de uma nova autarquia em caráter de "urgência", a assessoria do Ibama respondeu: "A MP foi um ato do presidente da República e não cabe fazer essa avaliação". (ES)


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