São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 2002

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Estudo do IBGE mostra ascensão de evangélicos e não-religiosos

DO ENVIADO A GOIÂNIA

Os evangélicos cresceram 8% ao ano na década de 90, enquanto os católicos tiveram um aumento anual de apenas 0,3%. Esses são alguns dados que serão apresentados hoje na 54ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que ocorre nesta semana em Goiânia.
O cálculo da taxa será apresentado pela pesquisadora Nilza de Oliveira Pereira, do Departamento de População e Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ela foi calculada com base em dados dos censos de 2000 e 1991 do IBGE.
Além dos evangélicos, outro grupo que apresentou crescimento foi o de pessoas sem religião. A taxa média anual de crescimento foi de 6,7%.
No estudo, Nilza afirma que o Estado que apresentou o maior ritmo de crescimento de evangélicos foi Roraima, com 14,8%. "Esse Estado sempre apresentou taxas de crescimento populacional elevadas", disse a pesquisadora. O Estado com menor crescimento no número de evangélicos foi o Rio Grande do Sul, com 2,4%.
Para o secretário-geral da SBPC, Antônio Flávio Pierucci, pesquisador da USP (Universidade de São Paulo), que fará uma palestra no mesmo simpósio em que Nilza apresentará os dados, o crescimento dos evangélicos deve ser analisado levando em conta que há enorme diversidade de religiões classificadas por esse termo.
No caso dos católicos, o menor crescimento regional aconteceu no Nordeste, cuja taxa foi de apenas 0,1%, sendo que na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia chegou a haver um declínio no número absoluto. (AG)


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