|
Texto Anterior | Índice
Paraíba tem "parque
dos dinossauros"
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha
Uma das áreas mais importantes da paleontologia brasileira, a
cidade de Sousa (a 440 km de João
Pessoa), no sertão paraibano, ganha hoje o Complexo de Defesa
do Vale dos Dinossauros.
O projeto, iniciado em 96, pretende impedir que fósseis de pegadas de dinossauros sumam pelo desgaste causado pelas águas
da bacia do rio do Peixe, que banha o vale. Um canal de 620 m foi
construído para retirar cerca de
65% da vazão do rio que atingia as
pegadas -algumas já destruídas
pelas águas no decorrer dos anos.
As obras custaram cerca de R$
700 mil e incluem passarelas para
visitantes, além de um centro de
atendimento turístico, segundo
Sônia Matos, coordenadora do
projeto. Há também um espaço
para exposições e explicações sobre as pegadas e os dinossauros.
Na área da obra, há pegadas de
seis espécies de dinossauros, entre as quais carnossauros, pterossauros e tiranossauros, de 120 milhões de anos.
A arquiteta afirma que essa é a
primeira etapa de um projeto, enviado ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e
da Amazônia Legal, que inclui a
proteção de todo o Vale dos Dinossauros, que abrange cinco
municípios do sertão da Paraíba,
com área total de 1.080 km2.
Segundo a arquiteta, mais de
50% das pegadas de dinossauros
da América Latina estão no vale
do rio do Peixe. A região foi descoberta no início do século, mas
só a partir de 75 as pegadas começaram a ser estudadas.
Em 92, a área foi tombada pelo
Patrimônio Histórico. É candidata ao tombamento pela Unesco
(Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio mundial.
Texto Anterior: Acidente mata Conrad, o 3º a pisar na Lua Índice
|