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Extração ilegal de madeira cai 75% no Pará
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
A retirada não autorizada de madeira no Pará
-maior produtor madeireiro nacional- diminuiu
75% (278,2 mil hectares)
entre agosto de 2008 e julho de 2009, em comparação com o ano anterior.
Apesar da redução, a
maior parte da madeira
ainda tem origem ilegal:
94,4 mil hectares, o equivalente a 73% da extração.
O resultado faz parte do
boletim Transparência
Manejo Florestal do Pará,
do Imazon (Instituto do
Homem e Meio Ambiente
da Amazônia).
O coordenador do estudo, André Monteiro, disse
que a redução já era esperada, devido ao aumento
da fiscalização e à preocupação das empresas.
"As madeireiras estão
mais preocupadas com as
regras da atividade. Como
não havia monitoramento,
elas agiam livremente",
afirmou o coordenador.
ESTRADAS
Segundo o relatório, as
derrubadas ilegais aconteceram em todas as regiões,
mas foram mais concentradas em áreas próximas
a estradas, devido à facilidade de escoamento.
Para chegar ao raio-X da
extração de madeira, o
Imazon usou seu próprio
programa de análise de
imagens de satélite, cruzando os dados com os de
controle florestal da Sema
(Secretaria de Estado de
Meio Ambiente do Pará).
O excesso de nuvens em
algumas imagens impediu
que todo o Estado fosse
avaliado. Alguma áreas
consideradas críticas no
ano passado escaparam.
Assim, o Imazon diz que os
números da extração podem estar subestimados.
O secretário estadual de
Meio Ambiente, Aníbal Picanço, disse que ainda não
examinou o boletim e preferiu não se manifestar.
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