São Paulo, terça-feira, 10 de agosto de 2010

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Extração ilegal de madeira cai 75% no Pará

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

A retirada não autorizada de madeira no Pará -maior produtor madeireiro nacional- diminuiu 75% (278,2 mil hectares) entre agosto de 2008 e julho de 2009, em comparação com o ano anterior.
Apesar da redução, a maior parte da madeira ainda tem origem ilegal: 94,4 mil hectares, o equivalente a 73% da extração.
O resultado faz parte do boletim Transparência Manejo Florestal do Pará, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
O coordenador do estudo, André Monteiro, disse que a redução já era esperada, devido ao aumento da fiscalização e à preocupação das empresas.
"As madeireiras estão mais preocupadas com as regras da atividade. Como não havia monitoramento, elas agiam livremente", afirmou o coordenador.

ESTRADAS
Segundo o relatório, as derrubadas ilegais aconteceram em todas as regiões, mas foram mais concentradas em áreas próximas a estradas, devido à facilidade de escoamento.
Para chegar ao raio-X da extração de madeira, o Imazon usou seu próprio programa de análise de imagens de satélite, cruzando os dados com os de controle florestal da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará).
O excesso de nuvens em algumas imagens impediu que todo o Estado fosse avaliado. Alguma áreas consideradas críticas no ano passado escaparam. Assim, o Imazon diz que os números da extração podem estar subestimados.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Aníbal Picanço, disse que ainda não examinou o boletim e preferiu não se manifestar.


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