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SAIBA MAIS
Retrovírus estão no genoma há milhões de anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Retrovírus são vírus cujo material genético está na forma de
RNA e não de DNA, como nos
demais organismos. O HIV,
agente causal da Aids, é um
exemplo de retrovírus.
O RNA (ácido ribonucléico) é
um parente do DNA (desoxirribonucléico). Em geral, ele é
usado na tradução de mensagens genéticas para a fabricação de proteínas.
Os retrovírus têm a capacidade de converter seu RNA em
DNA, depois que infectam
uma célula. Com isso, tornam-se capazes de se integrar ao genoma de seu hospedeiro.
O genoma humano contém
muitas sequências de genes ou
fragmentos de retrovírus, cuja
ativação tem sido relacionada a
uma série de doenças crônicas,
como a esclerose múltipla, a artrite auto-imune e o diabetes.
Essas sequências de retrovírus incorporadas ao genoma
recebem o nome de Hervs (retrovírus endógeno humano, na
sigla em inglês). Mais de 1% do
genoma é composto por Hervs
e seus fragmentos.
A incorporação dos Hervs
aconteceu há milhares ou milhões de anos, quando seus ancestrais virais invadiram as células dos antepassados humanos. Por alguma razão, eles estabeleceram residência permanente no genoma.
Muitos dos pedaços de Hervs
no genoma humano encontram-se inativos. Outros continuam capazes de produzir proteínas virais. Outros, ainda, ficam pulando pelo genoma, de
um lado para o outro, e podem
multiplicar cópias de si mesmos. Essas repetições compõem parte do que se chama de
"DNA-lixo".
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