São Paulo, quinta, 11 de junho de 1998

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CIÊNCIA
Febre tifóide, e não veneno,teria matado Alexandre, o Grande

da "Reuters"

Alexandre, o Grande, provavelmente morreu de febre tifóide, segundo estudo publicado hoje na revista norte-americana "New England Journal of Medicine".
O estudo, feito por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, com a ajuda de historiadores, contraria as hipóteses que atribuem a morte do imperador macedônio à malária ou ao envenenamento por arsênico.
David Oldach, coordenador da equipe médica, disse que a dor abdominal aguda sentida pelo imperador, segundo os documentos, poderia significar uma perfuração do intestino pela doença.
De acordo com evidências históricas, o corpo do imperador teria permanecido sem putrefação por diversos dias depois de sua morte.
Segundo a equipe, a febre tifóide pode causar paralisia no corpo e respiração fraca, o que pode confundir o portador da doença com um morto.
Os cientistas disseram, no entanto, que os documentos históricos utilizados não são totalmente confiáveis, já que foram escritos cerca de dois ou três séculos depois do acontecimento.
A febre tifóide, causada pela bactéria Salmonella typhi, é transmitida por água e por alimentos contaminados.
Antes do surgimento dos antibióticos, a febre tifóide era considerada uma doença fatal.
Alexandre, o Grande, da Macedônia, morreu em 323 a.C., na Babilônia, aos 33 anos. Filho de Filipe 2º, seu império se estendeu do Egito à Índia.



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