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Acidente adiou projeto em 97
da enviada especial
O foguete VLS-1 é um lançador
de pequeno porte e tem capacidade para colocar em órbita satélites
de até 350 kg. Ele foi desenvolvido
pelo Centro Técnico Aeroespacial
(CTA), da Aeronáutica, e custou
cerca de US$ 7 milhões.
A primeira versão do VLS-1 foi
destruída 65 segundos após ter sido lançada da base de Alcântara,
em novembro de 97, porque o
motor de um dos quatro propulsores apresentou defeito durante
o lançamento.
Ele deveria ter colocado em órbita o SCD-2A, satélite desenvolvido pelo Inpe por US$ 5 milhões,
que iria coletar dados ambientais
A peça defeituosa é menor do
que um maço de cigarro e custou
cerca de US$ 65. Ela havia sido
projetada pela Aeronáutica e produzida por uma indústria em Lorena (192 km de SP).
Na nova versão do VLS-1, todo
o sistema de segurança do motor
(onde aconteceu a falha) foi reprojetado. "O sistema de segurança agora é todo eletrônico. Mudamos tudo", afirma o coronel Mozart Louzada Júnior, do CTA.
Pelo menos 90 empresas nacionais participaram da construção
da segunda versão do VLS-1. Só
três de seus componentes -entre
eles o hardware do computador
de bordo- foram importados.
Foram gastos US$ 270 milhões
ao longo de 19 anos para o Brasil
conseguir desenvolver tecnologia
que permitisse lançar um satélite
nacional por foguete produzido
no Brasil.
A previsão inicial era que o primeiro foguete brasileiro colocasse
um satélite nacional em órbita em
1990. Mas a falta de recursos financeiros, aliada a um boicote
dos países desenvolvidos à venda
de componentes para que o Brasil
desenvolvesse seu foguete, atrasaram os planos em quase dez anos.
Até hoje, só oito países dispõem
de tecnologia para fazer isso:
EUA, Rússia, Ucrânia, França,
China, Índia, Israel e Japão.
(DF)
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